2014/01/29

6 anos?!

Faz hoje 6 anos. Nasceu mesmo ao virar da meia noite um pequeno milagre. Tudo o resto que possa dizer é tão cilhe clichê como verdade. Este pequeno ser encheu as nossas vidas de alegrias, choros, birras, orgulho, muiiito orgulho. Nada mais foi igual. Mas quem é queria ficar igual? Já nem me lembro como era não a ter. Maria, linda filha: hoje acabou a contagem decrescente que fazes há meses. Hoje fazes 6 anos.
Que crescida estás tu.

2014/01/27

Macklemore & Ryan Lewis Grammys 2014

Xiça, estou pr'aqui de lágrimas nos olhos, nó na garganta. Grande momento. Gratidão imensa a esta gente pelo magnífico  trabalho para a mudança de mentalidades.



2014/01/25

You Can't Win, Charlie Brown - Over The Sun/Under The Water

Tudo começou de repente mas o compromisso foi assumido. Somos uma equipa de três raparigas lá no trabalho. Uma delas, que tem background em desporto lançou o desafio: e se fossemos fazer desporto na hora do almoço? Só meia hora todos os dias. Aceitámos o repto. Encontrámos um campo de treinos ao ar livre perto do trabalho. 30 min de localizada, corrida, basket ou qualquer outra coisa, para variar. Voltar a correr para o trabalho e duche de 10 min (temos a sorte de ter balneários). Temos 1h de almoço, mas fizemos acontecer. Uma sopa numa caneca, uma sandes e uma peça de fruta enquanto trabalho. Larguei o açúcar no galão. Já lá vão 3 semanas. Perdi 3 kg e as dores no braço, ombro e cervical quase desapareceram.




2014/01/19

Democracia

Então é assim: estamos a panar frango e a ouvir rádio. É hora das notícias e a Maria acaba de dizer: quando é que mudamos o Passos Coelho por outro?


Ponham os olhos nisto: 5 anos quase 6 e já percebeu a urgência da coisa. 

2014/01/18

Como ILGA diz e bem, a vergonha é europeia. E os nossos pares são a Russia e a Ucrânia, esses grandes pioneiros em direitos humanos.

2014/01/17

Debate TVI24 17Jan2014 Co-Adopção Casais Mesmo Sexo
Podia dizer que é triste. Mas creio que é mais acertado dizer que é cruel. Para além de tudo o que tenho ouvido dizer, além de todos os argumentos, que só não são fácilmente compreensíveis se formos como os 3 macacos (cegos, surdos e mudos), não deixo de achar curioso como algo que foi categorizado como de baixa prioridade na agenda política de repente ganha tamanha relevancia justamente para o partido do governo ao ponto de se preparam para ocupar bastante tempo com campanhas de opinião, etc, etc, etc... Parece-me também que a crise é de facto coisa do passado. Viva, temos dinheiro para referendos. Até parece mentira que ainda noutro dia se questionava o dinheiro que ia custar colocar o Eusébio no Panteão.

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3636531
Porque não vamos baixar os braços. Porque cada vez mais é importante que quem nos conhece, acompanha ou conhece e acompanha qualquer outro casal homossexual (ou nem isso, basta apenas que seja um ser humano decente) manifeste sem margem para dúvidas o apoio às nossas familias. Votem (aqui e no referendo, se acontecer). Divulguem. Partilhem. Contem: "eu conheço um casal..." Estamos aqui, não nos escondemos. 
Legislação da Parentalidade por Casais do Mesmo Sexo em Portugal


2014/01/05



 



E eis que no primeiro dia do ano, o projeto Famílias, aqui sai para a rua e pode ser visto no circuito de mupis de Lisboa. Que seja um augúrio de mudança para 2014.

2014/01/04

Bem precisamos!

2013/11/11

Os dias passam rápido e a lista de coisas a fazer é enorme. Eu sinto-me cansada, a precisar de ferias. Mas num pode ainda. 

De resto, um feliz S.Martinho. Haja castanha e jeropiga (ou moscatel no meu caso)

2013/09/19

A gata do medalhão

Quando olho para trás, há momentos que aparecem primeiro no flash back. O primeiro é como ao chegar a casa e ser confrontada com a intimidadora Xica, que tinha o dobro do tamanho dela, a valente Tisna rosnava e conquistava, passo a passo o seu espaço lá em casa, como quem diz “assanha-te aí à vontade, eu sou da rua pá, venho de uma ninhada de 8!”. E assim era. Para a idade era uma micro-gata. Tinha que lutar com os irmãos pela pouca comida, de tal maneira que nem devia ter tempo para limpar os bigodes. Após alguns dias conseguimos finalmente limpar-lhe o focinho até ficar branco. A micro gata entrava dentro de uma tigela de ração e ao mesmo tempo que comia, rosnava, como quem diz “nem penses em tirar-me isto”. Eventualmente habitou-se que a comida estava sempre à sua disposição e não havia necessidade de competir por comida. Ficou-lhe no entanto o trauma, pois muito antes da ração acabar começava a miar de roda da gente (logo ela que sempre foi tão silenciosa) e a fazer viagens dona - gamela da comida – dona até que nós percebessemos.

Outro foi quando a levámos para ser esterilizada, voltamos com uns comprimidos, creio, anti-inflamatorios. No primeiro dia lá tivemos que lhe abrir a boca e empurrar o comprimido. No segundo dia abrimos-lhe a boca mas ela não ofereceu resistência (e parecia incredula por a estarmos a forçar). Ao terceiro dia, pareceu-me que ela veio ter connosco quando ouviu a caixa dos comprimidos abanar. Achámos estranho, mas coloquei o comprimido na mão e mostrei-lhe. Tomou o comprimido da mão como se fosse um petisco. E daí para a frente bastava-nos sacudir a caixa para ela vir, toda lampeira. Na consulta da revisão, lá a veterinária nos confirmou que o paladar dos comprimidos era apelativo para eles. Já estávamos a pensar que tinhamos uma gata super dotada.

Era a gatinha perfeita. Gatinha de colo. Queria comer, dormir e festinhas. Chamávamos-lhe “cu gordo” – ela não saltava para cima do sofá; pendurava-se e içava o rabo, “mafiosi” – reminescência dos tempos de cria de rua e “fuinha” – era perita em escapulir-se para onde queria ou esconder-se (no quarto, sala ou – imaginem – casa de banho). Foram poucas as asneiras verdadeiras que fez.

Era a gata mais meiga que já conheci. Queria festas e queria já – era completamente indeferente às visitas que não gostavam de gatos; se estava no sofá era alguém em potencial para lhe dar festas. Só de imaginar que as ia receber, começava a ronronar alto de satisfação. O seu pelo era o mais fofo lá de casa.

Há um ano e meio apereceu-lhe um tumor no lombo, onde apanhou as vacinas. Cancro de pele disse o vet da altura – cirurgia já pois não tem ramificações. Voltou. Mudámos de vet – cancro provocado pelos adjuvantes então utilizados nas vacinas. Não devia sequer ter operado – a quantidade de derme, epiderme e massa muscular que era necessário remover era demasiado grande para ser viável (para um tumor de 2 cm). A cirurgia apenas tornou o então já agressivo tumor, ainda mais agressivo. Aguentámos enquanto pudemos, enquanto vimos que ela tinha qualidade de vida, enquanto não ganhámos coragem por a levar de volta ao veterinário, desta vez  pela derradeira vez.

Foi ontem. Foi a coisa mais tranquila e pacifica que já vi. Como o apagar de uma vela. Sentimos todas saudades dela, ainda agora ela se foi. A morte é sempre estupida. O cancro é sempre injusto e cobarde.

A minha Maria mostrou-nos uma maturidade que não estávamos à espera. Explicámos-lhe tudo. “Vou sentir muita saudade da Tisninha.”

 

Também eu filha, também eu.


2013/08/26

Ontem regressei ao ponto de partida. Ao sítio onde me apaixonei. Ela falava de amor como ninguém. 

2013/08/21

Faz hoje 3 anos que estava completamente catatatonica a caminho do local do nosso casamento num carro carregado de doces e acepipes feitos por nós para a boda. 
Contrariando todas as expectativas, fui uma noiva típica. Fiz birra porque não me chegava assinar os papeis na conservatória, fiz birra porque quis alianças de ouro à séria, fiz birra porque quis vestido de noiva (aqui cedi, e não fui de branco). Nos últimos dias antes do Dia andei numa pilha de nervos, incapaz de somar 2+2. 
Como somos esquisitas não nos contentamos com o pacote standard para casamentos. Tudo foi personalizado    .
Como não somos ricas tivemos que fazer quase tudo nós próprias (mas não tínhamos conseguido sem os nossos amigos e alguns familiares). Cozinhamos, carregamos moveis, loiça, tratamos dos arranjos da mesa e bouquets, da selecção da música. Dois amigos fizeram as fotografias. Um amigo passou a música. Duas amigas asseguraram a organização de tudo no dia do casamento. Uma amiga foi buscar o bolo de casamento. Várias amigas ajudaram a pôr a mesa à medida que iam chegando todas aperaltadas ao casamento (sim, foi mesmo à justa). Enfim, a lista goes on and on. A generosidade e amizade de tod@s foi incomensurável. 

Não fizemos fretes. Ok, vá... Convidámos só e apenas 2 pessoas da família da Lu que não teríamos convidado, mas teve mesmo que ser. O meu pai e irmã fizeram-me o favor agridoce de não aceitar o convite (casamento é entre homem e mulher!). 

Resultado: ao abrimos a porta e caminhamos para o "altar", só vimos pessoas que gostamos a sorrir para nós, felizes por nós. A vibração era indescritível. Até a conservadora mostrou sinais de estar emocionada com o nosso casamento. Uma das minhas madrinhas fez um discurso que nos levou às lagrimas. 

Como noiva cliché que foi, cumpriu-se outro cliché: foi o dia mais feliz da minha vida. Sempre que as coisas estão más é para este dia que a minha mente foge. Its my happy place. 

Hoje apetece-me recordar este dia. Podia falar horas e horas sobre isto, mas infelizmente não tenho tempo. Tenho que ir trabalhar. 






2013/08/18

Às vezes penso que isto não tem jeito nenhum, mais valia por uma tranca neste blog e finito. Mas depois dá-me saudades, venho dar uma vista de olhos neste Blogger que se tornou tão estranho para mim e até me dá saudades ( de escrever, de ter vontade). E mudo o look.
Hoje fui à terra do meu pai, com o meu pai, ver a família do meu pai. E com a Lu e Maria. Encontrar-me com uma prima que vi meia dúzia de vezes. Senti-me bastante acarinhada e... em família. Coisa estranha esta, de ter uma família, mesmo quando não se tem. Foi um dia bom. Pequenos passos.

2013/06/24

O cansaço já vai sendo muito e as férias-férias ainda estão longe. Em dias como este a vida de dona de casa parece-me bastante apelativa.  

2013/05/20

Refrescante

ler palavras destas e ainda por cima, ditas por alguém a quem o problema não lhe toca. Lá está, não é preciso muito para nos pormos na pele do outro. Basta ser um ser humano decente.