2009/06/07

A Rede

Rede.
Rede de pesca. Rede de cabelo. Rede para dormir. Rede do trapézio. Rede (www). Rede rodoviária. Rede eléctrica. Rede da raquete. Rede social.

Um ponto comum: seja que tipo for, serve como suporte de/entre algo.

Uma família é uma rede. As pessoas desenvolvem dinâmicas diferentes, mas sendo mais ou menos funcionais, o objectivo da família é ser uma rede, é providenciar suporte umas às outras.

Nesta casa, somos artistas ousadas: trabalhamos no trapézio sem rede. Ou melhor, trabalhamos com uma rede muito pequenina (obrigada). Não há avós, não há tios, não há primos. Não há. Eu, ela e a cachopa. E é muito bom. Mas também muito cansativo. Não há a avó para tomar conta da bebé por umas horas. Não há um tio para ir buscar a criança à cresce quando as mães têm um imprevisto. Não há miminhos maternos do estilo "Toma lá um tupperware de sopa" ou "Eu vou aí passar umas roupas a ferro, filha", nem "Estão cá com umas olheiras. Hoje a bebé fica comigo para vocês dormirem uma noite bem."

Com isto tudo, quero dizer que reconheço a importância dessa rede que é a família no seu sentido mais alargado. A Maria é uma mão cheia, e entre tomar conta dela e tratar das coisas básicas que qualquer pessoa precisa (comida, banho, roupa lavada e passada, casa arrumada) sobra pouco tempo. Andamos pois extenuadas, e estas férias são muito bem vindas para levar a vida mais devagar por uns dias, curtir a filhota, talvez... (quase que choro de emoção) dormir a folga à tarde ao mesmo tempo que ela, passear um pouco... enfim.

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