Resolvi de um par de meses para cá, juntar todos os problemas que conseguisse encontrar e fazer um belo bolo deprimente. Desde então, todos os dias como uma fatia, se bem que como sou lambona, às vezes como duas, ou mesmo em dias de festa TPM chego mesmo a comer três. É uma receita caseira, que tem tanto fermento que o bolo é enorme e nunca se esgota. Há dias em que decido tirar uma folga, e pronto, vá lá… tenho um dia soalheiro psicológico.
Subterrei os ouvidos de amigas, com todos estes ingredientes, ao ponto de eu própria já não me conseguir ouvir. Outras vezes, deitei-me num canto a lamber as feridas. Procurei furiosamente uma solução, pela via errada: focando-me nos problemas.
A partir de hoje, mudança de planos. Não perguntem mais como estou, como vão as coisas no trabalho. Borrifem-se para essas cenas. Nós vamos adoptar outra abordagem. Nós, leia-se eu. A partir de hoje, nós vamos passar a viver, um dia de cada vez, preocupar menos com o amanhã, fazer mais pelo hoje. Nós, leia-se eu. E que dia é hoje? 10 de Dezembro de 2006, o dia em que vou montar a árvore de Natal, continuar um cachecol, olhar para os gatos enquanto dormem refastelados no sofá, ao som da Diana Krall.
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