Sábado passado, quando eu pensava que a minha vida não podia ser melhor, diz-me a miúda que de manhã me quer levar a um sítio especial, por causa dos meus anos. Digo que sim, vamos onde quiser (faço-lhe as vontades todas).
Assim lá fomos de manhã, passear para a Fonte da Benémola. Chegadas lá pede-me para fechar os olhos, e para não abrir até ela mandar. E eu, tá bem (faço-lhe as vontades todas).
Ok. Nada, mas nada me podia preparar para o que se seguiu. Um bando de amig@s fardados a rigor a cantar “Parabéns”, bandeirinhas, mesas, cadeiras, comida, bebida, a canzoada a ladrar… foi quase de vir as lágrimas aos olhos, não tivesse ficado eu tão atónita, por me custar a crer que ali estavam pessoas que julgava a 300 km de distância, velhos amigos, novos amigos, amigos canídeos…
Na altura pediram-me um discurso (acho que até foi por duas vezes), mas não me senti em condições de o fazer. Tampouco sei se o conseguirei fazer agora, após uma semana…
Quero contudo agradecer a cada uma de vós às presentes e às que não puderam lá estar, pela amizade, pelos sorrisos, pelas surpresas, pela galhofa permanente, pela força, pela paciência. Cada uma de vocês (ok, falo no feminino que é a maioria, mas meninos não se sintam excluídos) tem um cantinho reservado nos meus aurículos e ventrículos. Hoje, sinto-me rica de afectos!
Adenda 1: escusado será dizer que vocês deixaram marca em mim, a avaliar pelos cascarrões e nódoa negra persistente.
Adenda 2: O mergulho que dei e que provocou estas mazelas não foi acidental e inocente. É que ter uma duzia de mulheres de volta de mim, a desinfectar a ferida, a dar abracinhos e tal, não é todos os dias e não se pode desperdiçar. ;)
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