2005/12/24
A época Natalícia sempre foi, para mim, A Festa.
Durante a minha infância e adolescência, em todas as casa, de familiares por onde passei, a excitação, a alegria nesta altura manteve-se. Adorava tudo! Desde as caras risonhas, as mãos afectuosas, o enfeitar da casa: a pernada de pinheiro meio torta com luzes, fitas e bolas de mil e uma cores, o presépio com figuras de todos os tamanhos e nacionalidades, com musgo, cortiça e algodão, as músicas, os cheiros, o embrulhar das prendas, a casa cheia de gente, a azáfama da noite de natal, a loucura da madrugada do dia de natal quando todos os primos desembrulhavam os presentes e a calma da tarde de natal quando ficávamos entretidos nas brincadeiras.
Olhando para trás sinto-me grata pelo esforço que todos fizeram para me fazerem sentir quase filha ou quase neta. Esta era a única altura em que realmente me sentia querida e em casa.
Quando decidi viver com a Nina, a mudança não foi pacífica, e por isso escolhi
deixar para trás a família, e com ela todos os rituais das festas. Ao aproximar-se o primeiro natal do resto da minha vida, a minha tristeza era óbvia. Uma noite, a minha Nina decidiu levar-me, no fantástico “raio azul”, a passear pela cidade para vermos as luzes de natal. Pois foi durante essa voltinha nocturna, debaixo das luzes simples da cidade de Faro que me senti, mais do que nunca, querida e em casa.
A minha casa é a tua e é onde tu estiveres, aconteça o que acontecer sei que estou segura.
Feliz Natal Amor, que este seja o pior de todos!!!!
Feliz Natal para todos os que nos visitam, sintam-se em casa!!!!
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