2007/09/26

Reconciliação


Tenho vindo a voltar-me para mim mesma, como se regressasse a um casulo. Dou comigo a viajar pelas minhas memórias, recordando dos mais ínfimos pormenores da minha infância. Consigo-me lembrar de coisas desde os 2 anos, como pude confirmar com a minha mãe, ao contar-lhe os episódios de que me recordo.

Lembro-me da minha mãe sempre apressada, sempre a fugir, a caminhar a passos largos para ir levar o almoço ao meu pai, e eu a seu lado tinha de correr. A cada passada rápida dela, eu tinha que dar 4. Talvez daí que o sprint tenha sido o meu forte em Atletismo, em oposição ao endurance.

Lembro-me de pensar nas coisas, nos objectos, como hoje já não sei pensar. De tudo claramente entrar-me pelos olhos dentro. De brincar debaixo da mesa da sala, que num ápice se transformava em castelo. De como tudo parecia tão grande. De vir para casa ao fim da tarde com o meu pai, que saía mais cedo da loja e deixava a minha mãe a fechar o estamine, tudo para conseguir encontrar lugar para estacionar à porta de casa; há 30 anos em Faro pelos vistos o trânsito já era caótico *risos* . Lembro-me particularmente destes momentos em tempo de Inverno. Acendíamos a lareira, às vezes assávamos castanhas e ele contava-me histórias que não vêem em livros. Às vezes havia temporal, a electricidade ia abaixo e ficávamos apenas iluminados pela lareira. Só ele me protegia do medo do escuro, que ainda hoje tenho. Depois do jantar deitávamo-nos no sofá. Ele fazia-me cócegas, enchia as bochechas de ar para eu as apertar enquanto ria. Toda eu era mãos na sua cara: na barba, sobrancelhas, orelhas, na maçã-de-adão.

Cantava sempre, lengalengas sem sentido, ou jingles comerciais, ou aqueles tops, que todos os trintões bem conhecem. As músicas a sério, cantava escondida pois tinha vergonha. Encontravam-me sempre escondida agarrada à ficha do ferro de engomar. Calava-me abruptamente, como se tivesse a cometer um pecado e ninguém arrancava mais um pio meu. As lengalengas, produzidas na loucura da brincadeira, essas eram ostensivamente expostas, deixando a minha mãe louca “NINA dá-me 2 minutos de DESCANSO!”

Lembro-me de andar de roda do meu pai quando ele andava a fazer as suas engenhocas e orgulhosamente me chamava a sua “servente”. E de cirandar em torno da minha mãe quando havia forno quente, pois depois do pão, já sabia que era um bolo, e antes de entrar no forno, ia tocar-me a mim raspar a tigela da massa.

Lembro-me de tudo isso e muito mais e penso na minha filhota. Consigo olhar para a minha casa, e penso conseguir adivinhar o seu olhar, a esventrar tudo, a esmiuçar o porquê das coisas. E hoje consigo imaginar a minha filhota, a também ela ter os meus pais como avós, a aprender tanto com eles.

Do topo dos seus 80 anos, os pais ficaram felizes quando há apenas 2 semanas lhes dissemos que a Lu está grávida. “Olha uma neta!” Do topo dos seus 80 anos, confirmaram-me que sabiam que não somos apenas amigas e “queremos é que sejam felizes”. Uma prova de amor, tolerância, cuja falta me pesava no peito. Agora sinto-me mais leve. Numa palavra: reconciliada. Tenho muito orgulho deles.

2007/09/20


Já vai tanto tempo desde que aqui escrevi, e tanta coisa se passou! Passado dia 12 foi a ecografia morfológica das 20 semanas. Fizemos a ecografia 4D e fomos apresentadas à nossa filhota, live from inside Lu. A pimpolha estava pendurada de cabeça para baixo, bem aninhada de ladecos de encontro à mãe. Portanto, de costas para o mundo. Foi difícil de convencer a mostrar a cara, pois tinha sempre a mão esquerda fechada de encontro à cara. Continuo a pensar que temos uma chuchadora. Lá conseguimos ver-lhe a carinha. Laroca por sinal, mas eu sou parcial. Ainda é magrinha. É caso para dizer que é pele e osso, mas já se vê tudo, nariz, olhos, orelha, maças do rosto, lábios. Do que vejo fico feliz, sai à mãe! Os lábios grossos, nota-se, como que a dizer marca registada ®. As maças do rosto também são como as da Lu. Num momento, faz nitidamente uma birra: esfrega a cara, nariz como se tivesse impertinente para dormir, vira a cara e tapa a cabeça com o braço como que a dizer: deixem-me da mão, quero estar sossegada!

A nossa filhota é linda, e encontro-me definitivamente apaixonada por ela. À noite, antes de dormirmos, a mamã Lu deixa-nos brincar um bocadinho. Fico ali a falar com ela, a dar-lhe beijinhos, e a sentir os pontapés que já se fazem sentir. Está quase sempre do mesmo lado: do lado esquerdo. Às vezes encosto o ouvido à barriga e fico a tentar ouvir. Tento distinguir os sons da mamã, dos que faz a filhota nas suas cambalhotas.

Queria muito ter uma janelinha para a ver todos os dias.

2007/09/05

Há alguns meses atrás (mais ou menos por volta da mesma altura em que nos propusemos voltar a fazer a última inseminação) uma colega de uma amiga nossa, que não nos conhecia de lado nenhum senão de aparecermos na loja onde ambas trabalham para visitar a nossa amiga, sonhou que estava um dia na praia e que nos vê a vir na direcção dela e que a Lu trazia um grande barrigão. Assim, do nada, sem saber que éramos um casal, nem tão-pouco os planos que tínhamos de engravidar.

Na altura em que fizemos a inseminação a Sheena disse que sonhou que tínhamos uma menina.

Ambos os sonhos se concretizaram. Quer dizer o primeiro para ser inteiramente verdade temos que marcar uma ida à praia com a colega adivinhona, pois não se pode perder uma oportunidade de recriar um sonho por completo.

Hoje no meio de um telefonema de trabalho, disse em jeito de galhofa a um colega meu:

- Ó gajo, tu estás para ter algum bebé?

- Então porquê?

- Porque esta já é a segunda noite consecutiva em que sonho contigo e com um bebé, um menino teu.

- Olha, estou todo arrepiado… sabes o problema que a Lu teve? Nós tivemos 2 no espaço de 6 meses… cada vez que vejo um puto até babo… não sei se agora devo dar um tempo para relaxar…

Arrepiada fiquei também e disse-lhe que sim, que devia tirar isso do sistema, viver a vida, namorar muito, fazer todas as loucuras que ainda tem tempo para fazer… que gozasse da vantagem que eles têm sobre nós, i.e. poderem engravidar por acidente (a nossa não há como tirar do pensamento, é tudo muito planeado). Quem sabe no meio disso, uma surpresa chegasse.

Às vezes esta coisa dos sonhos, é uma cena curiosa…

Continuo a achar muito injusto que qualquer pessoa possa parir de qualquer forma uma criança, para crescer muitas vezes aos trambolhões, para ser abusada, enfim... e que outros, que tanto querem ter o seu beija-flor, que tenham que sofrer tanto até conseguir.

Está tudo bem e é uma menina. Já tem nome, mas estou hesitando em divulgá-lo pois afinal a nossa menina também tem direito à privacidade. Assim, vamos pensar um pouco no assunto e depois voltarei ou com o nome ou com o nick.
Obrigada a tod@s pela força que nos deram. Agora espero que tudo prossiga com maior serenidade... pelo menos até quando a nossa bebé começar a dar pontapés nas costelas da mamã Lu... (diga-se de passagem, que eu estou desejando que isso aconteça: eu vou estar à coca para a sentir).

2007/08/30

Já quis postar várias vezes, mas ora a falta de tempo, ora o cansaço, ora a falta de inspiração… enfim… não sei se terão paciência para ler isto tudo, mas precisava de partilhar e acho que é importante que conheçam esta situação até para prevenir futuros casos.

Tivemos mais um revez. Mas para explicar isto como deve de ser, tenho que voltar ao tema do último post: a consulta relâmpago.

Nessa consulta, uma das coisas que a médica perguntou de chofre foi “Já fez amniocentese?” Ficamos com cara de parva a olhar para ela, pois ela nunca tinha referido tal coisa. “Não…era suposto? A Drª nunca me disse nada a este respeito” A senhora baixa os olhos e continua como se nada fosse: “Vamos esperar pelo resultado do rastreio. “.

O resultado do rastreio veio ontem. Veio positivo, no sentido de que era necessário fazer a amniocentese. Ficámos logo aflitas, mas na clínica das análises explicaram-nos que o resultado é sempre positivo em casos em que tenha havido uma interrupção da gravidez, com base na deficiência do feto (tubo neural). Ou seja, fosse qual fosse o caso resultado do rastreio, a Lu teria sempre que fazer amniocentese. Não era preciso esperar pelos resultados do rastreio. A amniocentese costuma-se fazer entre as 15 e 20 semanas. Logo, pergunto-me o que a Sª Doutora pensou, para deixar o tempo passar assim, e chegar quase no limite do prazo. Juntando a conversa do início deste post, com os factos que nos foram explicados pela clínica das análises, conclui que o problema não foi o que lhe passou pela cabeça, mas sim o que NÃO lhe passou pela cabeça. A Sª esqueceu-se, facto que não admira dado a duração das consultas.

Após lhe mostrarmos o resultado do rastreio e questionarmos se ela desconhecia que o resultado iria sempre ser positivo dado os antecedentes clínicos da Lu (a resposta da médica foi insatisfatória) ela passou a credencial para irmos fazer a amniocentese. Esta foi marcada logo para o dia seguinte (hoje). Fomos logo pela manhã, com alguma ansiedade, por temer que o bebé tivesse algum problema e por temer que a amniocentese pudesse prejudicar o bebé. Ficámos um pouco mais tranquilas, porque tivemos oportunidade de ver o bebé um pouco melhor, se bem que também não tivemos muito tempo para ver tudo, dado que a eco estava ser feita apenas com o objectivo de monitorizar o ponto de entrada da agulha que estava a perfurar o saco vitelino para retirar um pouco do liquido amniótico. Apesar do comprimento da agulha, que era enorme e fina, a Lu diz que não lhe doeu absolutamente nada. Graças a Deus.

Agora a Lu tem que estar em casa, em repouso, por 4 dias. Eu trouxe o trabalho para casa, e estou aqui com ela também. Para a semana iremos receber um dos resultados (foi pedido dois exames, um dos quais contém os resultados que são mais rápidos de obter e que deverá chegar na terça-feira e o outro completo, que demora cerca de 10-15 dias a chegar.

Quando já estávamos em casa, tivemos outro sobressalto: ao chegar a casa, a Lu leu num livro sobre gravidez que após a amniocentese, as grávidas com Rh- têm que levar uma “vacina” que, caso haja contacto entre os sangues materno e do bebé, e caso o bebé tenha Rh+ , evitar que os anticorpos maternos combatam o bebé. Esta vacina tem de ser dada num prazo até 3 dias após a amniocentese. A médica passou a credencial mas não disse nada acerca da vacina.

Foi a gota de água. O nosso médico de família tinha aconselhado dar mais uma oportunidade à médica, chamá-la à atenção caso se repetisse o caso da consulta a despachar, mas depois destas situações todas está mais que decidido. A Lu só volta
àquele consultório para dizer à médica que não irá continuar a ser seguida por ela. Já temos outra recomendação, e vamos tentar a sugestão de uma amiga.

Foram dois dias de angústia e de revolta, que felizmente terminaram com a Lu a ser atendida no Centro de Saúde, a levar a vacina, enquanto era tranquilizada pelo nosso Doutor que felizmente, ele sim é um grande profissional e mais que isso: é humano, caloroso. Até eu vim de lá mais bem disposta.

Já na outra gravidez tínhamos tido um alerta, mas decidimos fechar os olhos, por achar que talvez não fosse tão importante quanto isso: a médica não nos disse que era suposto a Lu começar a tomar Folicil (ácido fólico) algumas semanas antes de tentar a inseminação e continuar a tomar durante toda a gravidez. Apenas nos disse já ela estava no 2ª mês, e foi com o mesmo estilo com que nos perguntou se já tínhamos feito a amniocentese por ordem do Espírito Santo: “Já está a tomar o Folicil, não é verdade?” O ácido fólico tem um papel importante no desenvolvimento do tubo neural, justamente o problema que o nosso bebé teve. Coincidência? Vamos pensar que sim, senão a vida vai tornar-se demasiado amarga.

Qual a lição? Nem sempre os médicos sabem o que fazem. Convém ter um espírito crítico e informado, como aliás em todos os aspectos da nossa vida. Querem mais outra lição? O particular não é forçosamente melhor que o público: privado, 5 min de consulta a 130€ (consulta+ ecografia relâmpago) versus 45 minutos, com toda a calma e atenção.

Agora temos que esperar o resultado da amniocentese, e rezar até lá que esteja tudo bem com o nosso bebé.

2007/08/22

Melhor paga que prostituição

Hoje foi consulta com a obstetra. Lá fui eu pela primeira vez, as outras ecos foram com outros médicos. 17 semanas e meia, e muita ansiedade em saber se continua tudo bem e se é menino ou menina.

Só sei dizer que a Lu mal teve tempo para se deitar na marquesa, esteve lá 2 minutos, eu mal consegui ver o bebé no monitor, quanto mais a Lu que estava de lado. “Já tá, pode vestir-se”. Trazemos duas míseras fotos, uma da cabeça vista de cima e outra de algo que nem tão-pouco se consegue descortinar o que é. Não ouvimos o batimento cardíaco do nosso bebé, e quanto ao sexo “Acho que é uma menina, acho, acho, mas não dou a certeza.” Assim tudo muito frio, muito “Vá lá despacha-te que hoje quero sair cedo e tenho que despachar toda a gente.”

A “senhora” doutora cobra 130€, consulta + eco e até para o mês que vem.

Resultado, vamos mudar de obsTRETA, perdão, obstetra.

Diz que está tudo bem com o bebé, mas realmente neste ponto sentimos uma grande insegurança pelo modo como vimos isto conduzido, a ponto de não conseguir fazer caso do que ela diz. Vamos apenas acreditar que é menina ou menino, quando repetirmos a eco, desta vez com alguém mais dedicado.


A Lu já sentiu o bebé mexer! Na passada 2ª Feira fui dar com a Lu agarrada à barriga com um sorriso nervoso. Pelos vistos a criança deve andar a aprender a fazer bolhinhas, uma vez que o que ela sentiu foi um borbulhar. Mantivemo-nos caladinhas, não fosse o caso de entrarmos em histerismo por uma crise de gases*. Assim, após confirmar com outra mamã que está umas 4 semanas adiantada, está confirmado! A criança já se sente, levemente é certo, mas já se sente. Parece borboletas a voar dentro da Lu!

*Sim, este blog vai começar a falar de gases, e cocó, e chichi, e todas as essas coisas politicamente incorrectas. Daqui por uns meses hão-de me ver a comparar notas sobre a consistência e cor das fezes :p

2007/08/07

Parece que adivinhava...

... que a miúda hoje chegava a casa cansadita, com fomeca e sem vontade de cozinhar? Vai daí, dei-lhe uma caldeirada*.


*de bacalhau com croton du pain aromatizado com alho.

2007/07/27

Solta-se o beijo

A propósito deste post da Açucena, veio à minha lembrança a nossa experiência. Achei curioso empregares o termo “exibicionistas”. Aviso à navegação: não quero dar nas orelhas de ninguém.

Este mundo em que vivemos quer fazer-nos crer que não temos direito a afagar o rosto de quem amamos, a olhar nos olhos com enlevo, a repousar a mão em cima da mão da nossa companheira em cima da mesa de um qualquer café. Estes são apenas os gestos mais inocentes do mundo. Que falar então do beijo, do abraço?

Vivemos talvez tantos anos quanto vós, resumindo-nos a nós próprias, e aos nossos amigos hetero a quem contámos. Que bem que se está no recesso do lar, pensávamos. Aqui não há medos, não há olhares curiosos. Habituamo-nos assim: em casa vivíamos em pleno, nos locais públicos, contínhamos os gestos. OS GESTOS. Sabem aqueles gestos que quando alguém ama, é praticamente impossível de conter? Pois, imagino que não conseguíssemos conter todos eles, a julgar por algumas cabecinhas que nos disseram mais tarde “fogo, estava mesmo na cara que estavam apaixonadas”.

Com os amigos (hetero) convivemos anos, também nos contendo. Imaginava que provavelmente a sua aceitação seria condicional, que se lhes déssemos “imagens” que provavelmente pensassem “yack” e ai de nós querermos chocá-los. Não sei se alguma vez empregámos o termo “exibicionismo” mas se não o usámos, seguramente usámos outro parecido e igualmente preconceituoso para definir carinho. “Nós não sentimos necessidade de exteriorizar, exibir, ostentar, etc o nosso amor. Vivemo-lo bem entre paredes.” Bullshit!

Quando há sensivelmente 2 anos atrás, começámos a conhecer pessoas LGBT’s pela mão da abençoada rede ex-aequo, foi muito complicado para nós nos soltarmos. Também para nós, parecia que o interruptor do “aqui podemos” não descia. Posso quase dizer que os primeiros gestos públicos foram quase que “forçados” por achar que era uma estupidez continuar assim. Reunir-me com eles nos cafés era algo complicado, pois tinha sempre a sensação que alguém poderia estar a reparar em nós e nas conversas. A pouco e pouco fomo-nos soltando. E após alguns meses, os nossos amigos hetero (alguns) puderam presenciar pela primeira vez um beijo nosso.

Hoje, continuamos algo reservadas mas mais soltas. Às vezes até nos surpreendemos “mas nós dissemos ou fizemos aquilo naquele sítio?” E rimo-nos.

Hoje sei que aceitarmo-nos é algo que se faz em duplo sentido: de dentro para fora, e de fora para dentro. Eita! Tanto chão para palmilhar ainda!

2007/07/26

Eco das 13 semanas


Semana passada foi a eco das 12 semanas. Foi a primeira eco que assisti desta gravidez. Gostava de conseguir traduzir o que senti, mas as palavras falham. Que dizer quando após semanas de expectativa e de ver fotos de um ponto, ou de uma mancha, finalmente se vê um BEBÉ! Um bebé que se mexe, que olhando para ele se consegue adivinhar teimosias “Vá lá, sai lá dessa posição par podermos medir isto”, um bebé que já chucha no dedo (pareceu-nos).

Ouvimos o coração bater, a 166 bpm. O meu bateu quase tão rápido nesse momento.

Não sabemos se é menino ou menina, mas já sabemos que o amamos muito, já sabemos onde ele gosta mais de se aconchegar, e que está tudo bem com ele.

Esta foto foi da eco das 13 semanas, feita esta segunda-feira no Centro de Saúde. Surpreendentemente a eco durou mais tempo: 1h versus 30min no particular. Surpreendentemente é de melhor qualidade. Até já lhe consigo adivinhar feições: tem os lábios iguais aos da mãe.

Tem 13 semanas, o coração bate a 153 bpm e mede 7, 97cm.

2007/07/22

Mimo

MiMo, mImO, MImo, miMo, MiMo, mImO, MImo, miMo, MiMo, mImO, MImo, miMo, MiMo, mImO, MImo, miMo, MiMo, mImO, MImo, miMo, MiMo, mImO, MImo, miMo, MiMo, mImO, MImo, miMo, MiMo, mImO, MImo, miMo, MiMo, mImO, MImo, miMo, MiMo, mImO, MImo, miMo, MiMo, mImO, MImo, miMo, MiMo, mImO, MImo, miMo, MiMo, mImO, MImo, MiMo, mImO, MImo, miMo, miMo, MiMo, mImO, MImo, miMo, MiMo, mImO, MImo, miMo.

Cheias de mimo! Fomos mimadas o fim de semana inteiro. Pela aNa, Maria Carolina e todas as suas amigas. Pela AnaFlôr74, Serotonina, Xanocas, Neva, M. Diaba Vermelha e Major. Pelos nossos gatos, pelos cães dos outros, pelo nosso peixinho, pelo sol, pela lua, pelo calor, pela brisa, na planície, no monte, a seco , na piscina. Receberam-nos em várias casas todas, com os braços abertos.

Imagine-se o creme no topo do bolo (não gosto da cereja)? A Maria Carolina cortou-me o cabelo. Estou mais leve e airosa. Sim, é para ter inveja mesmo. É um privilégio que não é para todas.

2007/07/16

Parabéns aNa


Querida aNa,

Hoje escrevo-te com atraso de um dia, parece-me. Quero no entanto desejar que tenhas passado um bom dia de anos, e que estejas a curtir os 44. A ti quero agradecer a amizade sincera, as sms’s, a ajuda, os sorrisos… a empatia. Não me venhas dizer que não se agradece a empatia senão zango-me contigo. Quero agradecer.

Este é o meu presente de hoje para ti. Para tu subires ao alto e assim conseguires vislumbrar de mais perto a tua Angola, e tudo o que se perde de vista. E porque os faróis orientam barcos perdidos e eu de alguma forma me sinto orientada por ti e pela Maria.

O outro presente dou-te no sábado. Beijos enormes.

2007/07/07

Olhó Kunaaaami fresquinho!

Senhoras e senhoras e senhores, tenho o prazer de anunciar, que após tempos infindáveis de pesquisa, conseguimos finalmente desenvolver o verdadeiro …. *rufar de tambores*………KUNAMI

Pois é minhas amigas e amigas e amigos, é desta que vamos enriquecer à fartazana, pois como toda a gente já sabe, Kunami é upa upa, puxadote.

Se for vasculhar como deve de ser no frigorífico, acho que ainda consigo achar um farfalhi que é um espectáaaaaaaaaaculo.

Parabéns Diaba Vermelha!!!



E porque hoje é o teu dia de anos, não quis deixar de te dedicar esta música. Faz-me lembrar de ti, gaja argumentativa, algo rebelde, sempre pronta a combater os conformismos do sistema. Amiga interessada, que adora o debate pelo debate. Seja futebol, politica, religião ou sobre outros assuntos mais prosaicos. Bem-vinda aos 30, essa famigerada idade, que tanto abominaste. Vais ver que não dói nada, e que a vida após os 30, não nos torna assim tão cotas ;) PARABÉNS!!!!!!

Este post é escrito em vermelho Benfica, em tua homenagem. Como vês, nós Sportinguistas podemos ser magnânimes
;)

Para o nosso peluche!



Umas palavrinhas minhas, aham aham:
Serotonina, tu és a prova viva de que um peluche também pode ser sexy, LOL. EU é que fico muito feliz por te conhecer, por me ser dado o previlégio da tua companhia. És uma amiga verdadeira, apesar de um pouco caquenha *risos* daquelas com quem se está bem a falar durante horas. Gosto de ti, déb :)

2007/07/04

Resumé

Então e tal, que tens feito Nina?
Tenho:
Aspirado a casa
Cozinhado
Limpo os cocós dos gatos
Dado água e comida aos gatos
Perdi o peixinho amarelo e não, não foram os gatos que o comeram
Regado as plantas
Carregado as compras escadas acima (não, não tenho elevador)
Stressado das 8 às 17h,
Trabalhado horas extraordinárias sem ser paga
Trabalhado num projecto paralelo
Pensado mais do que devia
Deitado tarde
Adormecido no sofá.

Mas tem sido tudo mau?
Não, claro. Também:
Estive com a minha sobrinha no seu aniversário
Fui ao Festival Med tanto quanto podia (2 dias)
Conheci novas musicas
Dormi 14 horas e meia
Estive com amigas
Fui à praia
Tenho visto a barriga da Lu crescer
Tomei uma resolução importante

Adenda: Quando digo dormi 14 horas e meia, quero dizer numa só noite.

2007/06/28

Um vaso vazio



Calem primeiro a Adriana ali ao lado, que eu hoje estou cheia de preguiça.

2007/06/27

Marcação cerrada


O agregado familiar aumentou. A Sheena achou por bem dar-nos dois peixinhos, pois diz que dá sorte para o bebé. Assim já temos os novos hóspedes instalados. São lindos de morrer!

Quem achou muuuuuuuuuita piada foi o Capuccino e Compª. Têm passado a noite de olhos vidrados no aquário. Isto vai ser lindo. Quando os batizarmos avisamos para poderem mandar prendas.


A foto está desfocada, mas paciência que agora não tenho paciência para mais. Logo faço outra, que amanhã ainda devem estar na mesma posição :P

9 semanas e picos


Ontem foi dia para mais uma ecografia. O nosso bebé, está mais crescido: mede 2,7cm e tem 9 semanas e 5 dias :) Do lado esquerdo, a parte mais gordinha é a cabeça, e do lado direito a parte mais fininha são as pernas. Tudo prossegue bem :) Reparando bem, está parecido com o bonequinho ali ao lado. :9

A Srª Doutora tranquilizou-nos relativamente a várias coisas: os vegetais crus têm de ser desinfectados em água e vinagre por um bocadinho, mas também não há que cair no exagero que me diziam há uns dias atrás: que se tinha que colocar de molho em água e vinagre durante uma hora!!! Cuidado também com os enchidos não cozinhados: fiambre, chouriço, presunto… e carnes mal passadas. Tudo isto devido ao risco de transmissão de toxoplasmose, à qual a Lu não está imune.