2010/04/30
I feel like crap
2010/04/28
Os pais... ai os pais...
Errado. Tu precisas, independentemente de ser custoso ou não, de o fazer. Porque agora pode ser difícil, mas os teus pais irão passar pelas fases normais do processo até chegar à aceitação. E quando chegar aí, será muito, muito bom. A melhor conquista que tu poderás alcançar, querida Orquídea. E a desconstrução dessa dúvida que persiste em ti, é necessária. Para tua sanidade. Eu soube que eles sabiam, 5 meses antes da minha mãe morrer. E foram os melhores 5 meses da minha vida. A minha mãe sabia, e por muito difícil que tivesse sido compreender e aceitar isso, ela amou-me o suficiente para aceitar (me). E o meu pai, lá com o seu jeito disse "já me chatei muito, agora não me quero chatear com mais nada na vida". E eu de repente tinha superpoderes. Tinha a meu lado a mulher que amo, que estava grávida da nossa tão esperada filha, e os meus pais aceitavam-me. Os meus medos e dar ouvidos aos meus irmãos que me diziam que não tinha o direito de fazer os meus pais passarem por isso, impediram-me de me sentir uma super mulher durante, não digo 10, mas 5 anos seguramente.
Portanto querida Orquídea, quando tiver que ser, será. Mas tem fé neles e em ti.
Multiplicação de pais
2010/04/27
Mudança de e-mail
Há questão de dias, decidi criar uma nova conta de e-mail, da gmail, para poder articular melhor as comunicações do blog. Importei todos os e-mails da conta do iol para o gmail. Acabaram-se os problemas. Bem todos, todos não... o e-mail de login do blog continua a ser o do iol e acho que não consigo mudar isto. Portanto dentro de menos de 30 dias, todos os e-mails que forem enviados para o iol, não serão reencaminhados para o gmail.
Assim, aproveito para avisar a tod@s que o novo e-mail do Oxalá é: nina.oxala@gmail.com
"Multiplicação de Pais", Grande Reportagem
A ver, hoje, na sic, às 21:05h .
2010/04/26
2010/04/23
2010/04/22
2010/04/16
A.D.Q.N.S.A.N.O.
Eu- Olá, chamo-me Nina e não consigo aguentar os phones nas orelhas mais do que 30 segundos.
Assembleia: Hi Nina!
Este sofrimento é atroz, gente... atroz.
2010/04/15
L.E.R.
Para quem se interessar, para além do link da livraria, deixo uma lista de livros sobre a temática, divulgado pela Colage.
2010/04/14
A Maria
A Maria dá nomes giros às coisas. Chama "pipinho" ao rabinho.
A Maria já faz chichi no bacio quando a despimos para o banho, na escolinha faz na sanita já muitas vezes e ontem fez cocó pela primeira vez.
A Maria faz birras, vai para o castigo e quando pára o berreiro diz "xá tá, pupa mãe" e dá beijinho (já está, desculpa mãe).
A Maria diz "é amigo" e faz coceguinhas, dá abraços, beijinhos no(a) menino(a) ou boneco em questão.
A Maria quer descer as escadas sozinha "É Baía!" e andar na rua sem lhe darmos a mão "É cuidado!" (vou ter cuidado, não te preocupes).
A Maria adora cães e gatos, é meiguinha com eles. Não puxa caudas, nem pêlo, nem bigodes. Faz festinhas e diz "É xixinho" (é fofinho).
A Maria cantarola pela casa e no carro. Canta as letras à sua maneira e arranja variantes à letra original. A Maria adora a Xuxa e sabe quase todas as letras. Pede-nos para cantarmos determinada música - do có-có, do gato, do "queínho" (coelhinho) - e é bom que saibas o que ela está a pedir.
A Maria não se esquece do que lhe prometemos, por isso não lhe prometemos o que não podemos cumprir.
A Maria gosta de comer. Bebe "tetinho" (leitinho) com uma "paínha" (palhinha), adora "masha" (massa), "roz" (arroz), "xoupa" (sopa), "mate" (tomate), "nana" (banana), "pashã" (maçã), "xumo" (sumo) e "bolho" (bolo).
A Maria diz "Qué maish" (quero mais) e "É xêa" (tou cheia).
A Maria come sopa sozinha com uma "bébeu" (colher) e o resto com uma "xaco" (garfo).
A Maria brinca ao faz de conta, finge que nos faz comida e nós comemos. A dieta é difícil por causa disto.
2010/04/13
Retro Party
T-shirt rosa choque metida para dentro das calças, blazer branco de mangas arregaçadas à Sonny Crocket (Miami Vice), óculos Ray Ban do mercado de Estoi pendurados na t-shirt, poupa altaneira, sombra de olhos rosa gelado de morango, tennis All Estrela. E a Lu de camisa de riscas azul, com estampado piroso à frente, metida para dentro das calças, todos os botões abotoados, chumaços improvisados com pensos higiénicos (resultou na perfeição), lenço de cetim com ursinhos a prender o cabelo e poupa, brincos de pérolas, lábios bem vermelhos, sombra de olhos azuis... indescritível.
Giro foi sair de casa nestes propósito, perdidas de riso, arrumar a tralha que levávamos no carro, perante o olhar dos vizinhos e passar no centro de Loulé. Às 19h da tarde, com bastante luz ainda, foi preciso coragem ;)
Chegadas à casa do anfitrião (que foi mantido na ignorância) foi morrer a rir ao encontrarmos as outras amigas e vermos como vinham. Estavam todas lindas, mas para mim quem ganhou o desafio foi a que parecia a Madonna. A música ficou ao cargo da M80, sem grandes stresses, as fajitas estavam maravilhosas e as caipirinhas desciam bem para xuxu. A Maria e o C. brincaram a noite toda; é lindo ver a cumplicidade que aqueles dois têm. É o que dá serem amigos desde a barriga. Em suma, foi do best!
2010/04/12
People who give a damn
Slow monday, estou com pouca actividade nos neurónios para acrescentar algo. Vejam, vão lá.
2010/04/09
Mais um passo...
Estivemos em BCN 2 dias, e enquanto lá estivemos não demos conta de nenhum fuzué, nenhum burburinho. Passámos por vários quiosques namorando postais, ímanes para frigorífico, passámos os olhos pelas revistas e juro que não nos demos conta de manchetes sensacionalistas. Pode ter sido falta de atenção - afinal estávamos numa lua de mel, num namoro pegado e absolutamente centradas na eminência de regressarmos a Portugal com uma pequena, pequena bebé no ventre da Lu - mas não vimos nenhum alarido (again, não quer dizer que não tenha havido).
A hospedeira traz-nos os periódicos no início da viagem e é quando vimos na primeira página! É aprovado o casamento entre pessoas do mesmo sexo e adopção para casais de homossexuais. Numa assentada só! Badabin badabum. Ia explodindo, deu-me vontade de mandar o avião fazer meia volta e regressar a Barcelona.
Aqui, é o que se vê, desconfio que este PR após aprovação definitiva pelo Parlamento, vai entrar em processo de autofagia.
Posto isto, já vai sendo hora de aprender a casar :)
PS- e neste último link, vai ter que ser removido em breve o 3º ponto dos impedimentos.
2010/04/08
Tchhh pró que me foi dar!
Por exemplo o "Não posso mais" do Pedro Abrunhosa & Os Bandemónio, lembram-me eu e a minha amiga Catarina encharcadas em suor a dançar no concerto que deram na Sé, em Faro, concerto inesquecível, pela banda, e pelo público que parecia estar todo possuído - fazíamos tudo ao comando do Abrunhosa. Man... those days...
E o "Heart of Glass" dos Blondie, na discoteca Day After em Viseu, com um bando de malta que estava numa road trip. Estava muito bem na minha, quando um gajo me abordou e por muito que lhe dissesse que não estava interessada e que não queria falar com ele, o gajo não desgrudava, tal era a bebedeira que tinha. "e porquê, e porquê". Até que a Guida, ao ver-me naquele enleio aproxima-se de mim, põe-me o braço por cima, dá-me um beijo que apesar de ser na cara, foi muito sensual e diz numa voz rouca "porque ela está comigo". E o gajo afastou-se a vociferar e lá gozamos o resto da noite em paz. O giro disto tudo, é que para mim nessa altura tudo isto era para lá de irreal. Estava bemmmmmmmm dentro do armário principalmente para mim mesma e pensava então, para os outros (agora não estou tão certa que os outros não vissem melhor o que eu negava). E penso, como pensei na altura, no gigante par de tomates que aquela rapariga teve naquele dia. Grande Guida.
2010/04/05
2010/03/23
Para a minha Lu...
2010/03/22
Sinto-me decepada...
Estou triste, triste, triste. Não percebo como uma requalificação que pretende tornar o espaço mais pedonal, mais atractivo para os utentes, implica o abate criminoso das Tílias centenárias da Praça da República (façam zoom para verem a mancha verde). Não eram árvores em risco de cair, não constituíam perigo para ninguém.
Não mais vamos parar debaixo daquelas árvores para a Maria comer um iogurte, numa manhã de mercado ao sábado, não mais vamos passear debaixo do perfume doce das tílias, não mais vamos sentir o alívio das suas sombras num dia quente de Verão...
Aquelas Tílias, eram emblemáticas. E eram um dos meus orgulhos louletanos.
Criminoso. Postarei fotos quando conseguir aproximar-me daquele sitio outra vez...
Adenda - tudo isto, levado a cabo no Dia Mundial da Árvore. Irónico.
2010/03/19
2010/03/18
O desconcerto do Mundo
No mundo graves tormentos;
E, para mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só para mim,
Anda o mundo concertado.
Camões
Reset
2010/03/12
2010/03/11
2010/03/10
Agora a sério...
2010/03/09
Será gabarolice...
- amigos vêm nos contar que amigos deles comentaram que a Maria é a criança mais bem-disposta e feliz que conheceram.
- a educadora do infantário diz que a palavra que melhor descreve a Maria é "equilibrada". Partilha bem, não é demasiado mimada, não tem chamadas de atenção. Que é muito sortuda por ter 2 mães presentes. Que devemos estar muito orgulhosas dela, e muito orgulhosas de nós.
2010/03/08
I've got the blues
Hoje era daqueles dias em que ficava em casa, sem ver ninguém, na minha, gatinhos no colo, a ouvir a chuva lá fora. Apre! 2ª do demo!
2010/03/05
Contagem decrescente!
Oh yeah!
2010/03/04
2010/03/03
O_o
Mas afinal quem é que manda neste barraco? Hein?
Tradução: 1) Não senta.
2) Vai mazé fazer a comida.
2010/03/01
2010/02/24
2010/02/22
Série de posts que não estão relacionados V
Série de posts que não estão relacionados IV
Série de posts que não estão relacionados II
2010/02/19
AI...
Ingénua is my middle name
Na mesma medida, imagino que os outros tenham mais que fazer que falar e comentar a minha vida. Sempre fui assim. Desde o momento em que os meus irmãos mais velhos, já casados e que não me ligavam senão no Natal e aniversário... se reuniram com a minha mãe, para manifestar preocupação por eu ir todos os dias para escola com uma bola de basquetebol (durante a minha adolescência) "porque não era de menina", que constatei com espanto que não sou tão invisível quanto pensava e gostava, e que afinal sob aquela capa de indiferença se escondia uma profunda preocupação pelo meu bem-estar.
Assim, ainda hoje constatei que continuo tão ingénua como aos 14 anos. Mas convenhamos... epá com uma vida tão sumarenta como a nossa, como podemos pedir às pessoas que não falem de nós??? Que lhes ficaria para comentar? A senhora da mercearia que rouba nos pesos, a crise económia, ou PIOR - Deus nos livre e guarde- dos seus próprios problemas??? C´horrooooooor.
2010/02/18
2010/02/11
Catarse (passem à frente se não vos apetecer)
aNa, esperava ponto por ponto estes teus comentários. ;) Demorei horas para escrever aquele post e sabia que mesmo assim para o explicar seria necessário mais do que aquelas linhas. Teria que explicar não uma, mas 6 vidas.
1) Não parto do pressuposto que a orientação homossexual nos torne super heróis. A minha mãe era a minha heroína independentemente da sua orientação sexual.
2) Tenho tendência para endeusar a minha mãe, é verdade. Não a desresponsabilizo dos seus defeitos, dos seus actos, porém acho que foi fortemente condicionada pelo meu pai por um lado e por outro lado, pela sua proveniência e opções que lhe estavam disponíveis na época em que viveu.
No caso concreto da minha mãe, ela era mais esclarecida, empreendedora, independente, forte, segura que o meu pai. Tempos houve que lhe disse que ela não precisava dele para nada, porque é que ela não se divorciava. Isto em tempos em que era muito fácil encontrar soluções para problemas complicados. Curiosamente, ao pensar como seria se a minha mãe fosse lésbica, não escrevi este post a imaginar um relacionamento desse carácter. Limitei-me a retirar a figura do meu pai do quadro. Não pus ninguém no seu lugar. A minha imaginação "doesn't go that far".
A minha mãe casou-se com o meu pai em 1956, julgo. Numa altura em que uma mulher sem educação (2ª Classe), pobre e proveniente de uma família desmembrada, sem bases e posses não tinha outra alternativa senão casar-se para ter uma maior segurança financeira. Aos 7 anos tomava conta de um rebanho de animais, cada um de sua espécie, cada um puxando para o seu lado. Levava nessa altura preso à cintura um tachinho pequenino e umas armadilhas de passarinhos, que apanhava durante o pastoreio e cozinhava no tachinho para acompanhar o naco de pão que lhe deram à saída de casa. Trabalhou também na ceifa e quando as colegas lhe descobriram a voz de rouxinol começaram a pagar-lhe uns tostões para cantar na ceifa.
Saiu de casa aos 15 anos para ir servir como criada em casa de "Senhores" em Lisboa. Atravessava Lisboa inteira para fazer as compras para a casa dos "Senhores" com o dinheiro contado, à procura onde algo fosse uns tostões mais baratos (e guardava o troco). Dormiu num vão de escadas. Namorou. Ninguém lhe encheu as medidas.
Aos 26 anos apareceu o meu pai, homem apaixonado, honesto, sem vícios. Começou a namorar com ele. Estava a ficar "fora de prazo" e as pessoas começavam a falar porque frequentava a casa do meu pai para cuidar dele enquanto ele esteve doente (teve uma pleurisia). Casou-se. Passado um ano teve 1 filho. E mais 2, de dois em dois anos. E eu passado 19 anos.
Tiveram muitos negócios. O penúltimo, negócio de criação de frangos fazia-a levantar de madrugada para matar, depenar e arranjar as galinhas para o meu pai depois levar às mercearias e restaurantes. Os meus 3 irmãos ajudavam antes e depois da escola. Lutou muito contra o meu pai e o seu autoritarismo. Valeu-lhe vários amuos de meses. Uma vez o meu pai ficou sem lhe tocar ou falar durante 6 meses. Tomou conta da minha avó paterna nos seus anos de vida durante os quais engoliu uma série de sapos.
Após o meu pai ter trespassado o último negócio que tiveram, por um valor ridiculamente baixo (nunca foi bom negociador), e ter gasto as poupanças nuns terrenos que comprou para ter mais trabalho (até ao fim dos seus dias), ficámos depenados. Começou a fazer folares e empanadilhas para ganhar dinheiro primeiro para pagar a minha explicação de Matemática e depois, após ver a boa aceitação e o rendimento que conseguia, passou a fazê-los o ano inteiro e com isso governava a casa, começou-me a dar uma semanada de 500 escudos, mandou fazer uns vestidos na modista... O meu pai sentiu-se diminuído, amuou quando ela levou a minha avó materna para a nossa casa. Passado alguns anos mudou a atitude. Ficou mais brando. Reconheceu-lhe valor. A conta bancária estava a recuperar graças aos folares e empanadilhas.
(...)
No último ano da sua vida a minha mãe faltou pela primeira vez ao respeito ao meu pai. A minha tia e ela tiveram uma discussão por causa da questão das minhas avós e a minha mãe revoltou-se por ninguém lhe agradecer ter sido ela a tratar da sogra e ao mesmo tempo ter sido tão hostilizada quando chegou a altura de tratar da sua própria mãe. O meu pai ralhou-lhe por ela ter falado como falou com a minha tia. A minha mãe disse-lhe "Olha lá... e tu não iras à merda, mazé?" E telefonou-me revoltada, zangada, injustiçada. Desabafou tudo. Consolei-a como pude. Depois veio a época das alfarrobas. E depois a das azeitonas. E eu e a Lu, grávida de 6 meses a ajudá-los. Outubro/Novembro. Dezembro, trouxe o diagnóstico de cancro. E o que se passou nos 2 meses seguintes foi demasiado doloroso, os mecanismos familiares foram demasiado sórdidos, para eu agora descrever. Terminou com ela a perguntar-me "Mereço isto?" e a desejar-me "Boa viagem, filha".
O meu pai portou-se exemplarmente durante a sua doença. Sempre a amou... como soube é certo. Quando morreu, a minha mãe tornou-se uma santa para ele. "Sempre sofreu muito, pobrezinha, por causa dos filhos... e eu também fui bastante áspero para ela." "Tens de ser forte filha, agora estás sozinha."
Agora, o meu pai voltou a ser o ser o umbiguista que sempre foi. Um umbiguista mais sofredor. Que é incapaz de acarinhar-nos na nossa visita, mas que chora na despedida. Que no seu silêncio cobra as faltas de ajuda na terra, com as alfarrobas ou as azeitonas. Que faz chantagem emocional surda. Talvez seja apenas eu que a oiça, não sei.
Esta zanga dificilmente será terapêutica, ou permitirá dar um passo em frente. Porque, como sempre não se fala "Lá estás tu, lá estão vocês com essas conversas, essas intrigas". O segredo, o silêncio, sempre o silêncio. E ainda é minha/nossa (dos filhos) a culpa de tudo o que se passou. Porque falámos. E devíamos ficar calados.
Quanto à minha mãe, esta mulher, com esta força que lhe conheci... dificilmente iria tolerar subjugação se estivesse em igualdade de circunstâncias. Talvez eu seja ingénua. Talvez não.
2010/02/10
Se a tua mãe fosse lésbica, mudava alguma coisa?

Se a minha mãe tivesse sido lésbica...
Seria uma mulher de trabalho, como sempre foi. Não teria que prestar contas e dever obediência a um marido prepotente e autoritário que só lhe deu verdadeiramente valor após 35 anos de casamento.
Não a teria encontrado inúmeras vezes a ensaiar discursos - que nunca chegava a ter - ao espelho da casa de banho. Quando alguém lhe pisasse os calos diria de sua justiça e pronto.
Seria dona da sua vida. Não lhe aparecia um carro à porta acerca do qual, a sua opinião nunca foi tida nem achada.
Quando os filhos começassem com ciumes parvos uns dos outros, intrigas e afins, provavelmente daria um par de berros a cada um e diria para nos entendermos. Não seria obrigada a ficar calada, ou falar às escondidas, porque "há coisas que não devem ser alimentadas, não devem ser faladas", estabelecendo-se o culto do "segredo".
Quando os filhos se casassem, daria (como deu) cestas e cestas de viveres para encher a dispensa, na difícil fase que é o começo de vida a dois. Às claras porém. Sem ter de esconder do marido.
Não teria que governar a casa com uma magra mesada de 20 contos, mesada essa que só muito recentemente foi actualizada. Não teria que pedir dinheiro para comprar uma roupa, ou comprar uma prenda para os filhos ou netos.
Teria arranjado um tempo para, de vez em quando, ir passear com os filhos à doca, ver o pôr do sol, como idealizava em solteira. Em vez de ficar em casa, fazer o jantar, comer, deitar as crianças e ainda ir fazer trabalhos domésticos até se ir deitar.
Não se teria desgastado tanto, fisicamente e emocionalmente, para poupar o marido.
Em relação aos filhos? Amaria-os muito, defenderia-os como uma leoa. Cometeria erros como qualquer mãe. Isto manter-se-ia inalterável.
Este post resulta de uma brainstorm individual, provocada pelo cartaz da campanha publicitária anti-homofobia da ILGA. De facto mudava muito. Mas nunca o amor que nos une.
PS- sim, tenho perfeita consciência que este post revela o quão zangada eu estou com o meu pai.
2010/02/09
2010/02/08
2010/02/05
Work in progress
2010/02/04
Finalmente... O BOLO
Às vezes adio, adio, adio... mas aqui está! O bolo que fizemos em pasta de açúcar para a festinha da Maria lá em casa. Foi uma trabalheira, mas no final, ficou bonito. Isto definitivamente não é para amadores... não sei se me aventuro a fazer outro...
PS1- sgfiltro, as velinhas do outro bolo mais pequeno são iguais a estas.
PS2- A bonequinha é a Maria e foi feita por mim :P
PS3- Sim, são gomas vermelhas à volta. Que a Maria após soprar o bolo fazia assim:
comia uma, dava uma a um menino, comia uma, dava uma a uma menina... ;o) espertalhona!
PS4- Oh pr'ó projecto em construção:
2010/02/03
Avatar
Com reduzida disponibilidade para ir ao cinema, cada vez que me dizem "tens de ver o Avatar no cinema" eu torço o nariz "hum, pois" e adio. Não tenho nem 1g de vontade de gastar as minhas horas de pipocas e coca- cola com este filme. Perdoem-me os fãs, mas parece-me que espremido e removido os efeitos especiais e 3D, fica muito pouco assunto e francamente... não estou nessa onda.
No entanto, este aqui, deu-me logo um formigueiro nos dedos, vontade de me afundar numa cadeira de cinema, dar a mão ao meu amor e esquecer-me do mundo à volta. Gosto de filmes que nos fazem regressar a casa em silêncio, com medo de quebrar o encanto e regressar à realidade e este parece-me ser desse tipo.
2010/01/29
2010/01/28
* Erro corrigido, graças à aNa, que não deixa escapar uma ;)
Good bye Haloscan, Hello Blogger
Os antigos comentários, tenho-os guardados, exportei-os do Haloscan e agora vou tentar descobrir como os importar para o Blogger. Como tal não vos é possível vê-los.
Fingers crossed.
Usem e abusem da nova caixa de comentários do Blogger.
*sniff... mas fico cá com umas saudadinhas do Haloscan...*
2010/01/27
Aviso à navegação
Espero que consiga solucionar isto esta noite (pelo menos para os novos comentários... que os antigos, cheira-me que se o Blogger não tiver piedade pelos utilizadores do Haloscan.... foram-se para sempre).
É como se me queimassem um álbum de fotos... raios.
Qualquer coisa, mandem e-mail (tisna@iol.pt).
Tou F.....
Talvez seja isto que o mundo precisa. Mensagens de paz espalhadas pelos cruzamentos. Aconteceu ontem ao fim do dia, algures num cruzamento movimentado, no meu regresso a casa.
2010/01/18
PS- A Lu aceitou o pedido, ai dela que não aceitasse. Levamos uma semana a viajar na maionese! Vamos ver como corre agora com o PR e TC.
2010/01/08

Foi com alguma inquietude que acompanhei o debate acerca dos projectos sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Não só hoje, mas o que se vem fazendo desde há já algum tempo. Fico algo incrédula com a retórica retorcida usada pelos contra, alegando presumíveis valores morais. Fico incrédula com a veemência demonstrada, pelo empenho no combate. Que realmente temem? Que interesses realmente defendem?
Caso não se tenham apercebido, nós não vos estamos a pedir licença para existirmos, amarmos, termos filhos, sermos felizes. Como sempre foi e será, EXISTIMOS, AMAMOS, TEMOS FILHOS E LUTAMOS PELA NOSSA FELICIDADE, tudo isto à revelia da vossa vontade. Com isto do casamento, apenas pedimos que enquanto cidadãos participantes nesta democracia, os nossos direitos sejam defendidos. É isto que a instituição casamento faz: defende os direitos dos que dela participam.
Agradeço a tod@s quanto lutaram e lutam pelos nosso direitos, hoje estão de Parabéns. Todos vós. Mas garanto que hoje, se apanhasse o Miguel Vale d'Almeida por perto, dava-lhe um abraço quebra-ossos, que aquele discurso na A.R. deixou-me com um imenso orgulho de o ter como representante.
2010/01/07
Tarefas
A horta em vasos, apesar de bastante fustigada pelos ventos, lá vai... de vento em poupa. Os tomateiros dobraram-se com o vento, mas continuam vivos e com flor. Pode ser que sempre vá colher tomates na varanda! As alfaces essas estão bem boas, roxas do frio (é a variedade) e em breve tenho que apanhar uma ou duas para salada, para desbastar e criar espaço para as restantes. A salsa e coentros finalmente a dar sinal de si, após uma fase de estagnação. Afinal o que elas gostam é de serem encharcadas... estava eu com tantas cautelas para não alagar o vaso... com estes dilúvios é que elas se deram bem! Talvez seja melhor pensar em semear mais vasos de aromáticas, porque pelo tempo que demoram a crescer, quando colher tudo, vou demorar bastante tempo até ter nova produção... Tenho muito a agradecer ao S. Pedro porque todo o trabalho que tenho tido com a horta tem sido apenas telepático.
2010/01/05
Resoluções de Ano Novo
- Perder 10 kg (mínimo).
- Planear melhor a alimentação.
- Praticar exercício - tirar .
- Procrastinar menos.
- Cuidar-me melhor.
- Tomar os medicamentos como deve de ser.
- Organizar-me melhor.
- Menos internet à toa, desenvolver passatempos mais recompensantes.
- Tomar as rédeas do meu humor.
- Reduzir a minha pegada ecológica (ai os banhos...)
- Cuidar melhor do meu castelo e princesas.
- Cagar para os outros que cagam para mim.
- Cagar para as picuinhices da vida.
2009/12/31
Feliz Ano Novo
Para 2010, urge redefinir prioridades, baixar um pouco as expectativas e continuar a lutar por ser feliz.
A tod@s desejo que 2010 nos traga mais igualdade, justiça, tranquilidade, paz, amor.
2009/12/30
Fantasias de Natal
As tradições são para se cumprir, pelo que a Maria no dia de Natal teve direito ao seu primeiro Pai Natal de chocolate.
Este Natal, que teve não 2, mas 4 dias foi um realizar de tantas outras fantasias que não de chocolate. Cheiros, sabores, prendas, expectativa, azáfama, família, alguns amigos, nós. Fez quentinho dentro do coração e andámos com um sorriso colado aos lábios.
A Maria compreendeu e portou-se bem com o ritual das prendas. Ao acordar e chegar à sala, pegou num embrulho, levantou um pedacinho de papel e deve ter chegado à conclusão que devia pedir-nos licença. Foi ter connosco ao quarto com a prenda nas mãos: "Qué isto?". É pr'á Maria. Claro! Como 99% das prendas!
Espero que para tod@s vós, este tenha sido também um excelente Natal, com quentinho no coração.
2009/12/08
Eu e a Lu também andamos adoentadas, mas segundo consta é alergia... portanto está tudo de choco cá por casa.
2009/11/23
Domingo fomos ver a Olhão o Serafim & Companhia (se não sabem quem é, vão actualizar-se ora). Foi o primeiro espectáculo da Maria em ambiente de teatro, luzes apagadas e acção no palco. Tínhamos receio que ela tivesse medo, do escuro ou da cabeçorra do Serafim, mas a moça portou-se muito bem. Ficou muito parada, não fechou os olhos nem para pestanejar. Por último já queria ir para o palco e dançava no nosso colo.
De seguida fomos ao Forum, à procura do Pai Natal. Não chegámos a falar com ele, porque a fila dava volta ao quarteirão, mas a Maria ficou de olhos a brilhar para o carrocel que lá está (daqueles mesmo antigos), e para o comboio. À hora do almoço, tinhamo-la posto num daqueles carroceis pequeninos que se põe 1€ e ela quis pular logo para fora com medo. Mas o comboio... talvez ela se aguentasse lá... "Queí boboio mamã" Uma das mães Natal que lá estavam asseguraram que se ela quisesse sair que paravam o comboio e para ajudar, puseram-na ao lado de uma menina mais velha. Disseram-lhe para se agarrar bem no corrimão em frente e lá foi ela. Não há palavras! Não só se aguentou a viagem toda (e não foi curta), como não largou o corrimão da carruagem o tempo todo. E ria-se, ria-se, ria-se!!! Foi um dia de novidades e provou que está muito crescida. Adorou as luzes de Natal e particularmente a árvore de Natal do Forum. "Olha, olha, olha" não parou de dizer o tempo todo. E quando eu me ausentava por um bocado e ela voltava a reencontrar-me no meio da multidão, corria de braços abertos, toda ela se saracoteando de felicidade. Enche-me de orgulho esta moça.
PS- Falta-me aqui foto do boboio, mas o blogger não está a deixar... fica para amanhã.
2009/11/18
É bom encontrar os olhos de quem nos ama.
É bom ouvir a gargalhada de uma criança.
É bom conversar até às 4 da manhã, amigos, uns copos, falar sem travão, vindo da alma.
É bom sentir reconhecimento.
É bom às vezes mandar as responsabilidades para o galheiro.
É bom amar.
É bom ser amada.
2009/10/29
2009/10/26
No domingo a seguir ao almoço aproveitei enquanto a Maria dormia e fiz uma siesta! Soube-me bem, bem, bem. A Maria dormiu 3 horas e eu dormi 2. A Lu ficou a ver televisão e diz que eu até ronquei. A seguir fomos à Feira de Sta Iria. A Maria começou logo a dizer "Olha, olha" ainda não tinha chegado ao recinto... só de ver os meninos e meninas que regressavam com balões nas mãos. Quando lá chegou nem fechava a boca a olhar para os carroceis, as luzes e corrupio. Comprámos umas farturas para o lanche e a senhora foi tão simpática que ofereceu um churro para a Maria. Ela agarrou-se a ele e papou-o até ao fim (quando começou a chegar ao guardanapo, desviou-o e continuou a comer). Para o ano já anda de carrossel.
Hoje é o regresso à realidade. Fico aqui a pensar o que será que ela está a fazer neste momento. *suspiro*
2009/10/21
Porém faz crescer em nós um frémito até ao momento em que finalmente nos entregamos em pleno.
Sim, hoje é dia de pensamentos contraditórios.
A Lu é fã de mudanças. Segundo uma amiga nossa, complementamo-nos. Ela é a força motriz das mudanças lá em casa. Sem ela, julgo que muitos dos passos que dei/demos, não teriam acontecido. É ela que me empurra quando me petrifico numa posição. Isto nem sempre é pacifico. Muitas vezes resisto mais ou menos firmemente. E lamento a responsabilidade que deposito nela, o peso de ser ela a dar o passo. Às vezes é uma questão de timmings. Ela é já e eu sou mais logo.
Mas... ODEIO MUDANÇA.
PS- Sim, provavelmente este post é completamente contraditório com outro que fiz recentemente, mas é fruto de uma certa nostalgia pós e pré mudança e traduz o que intrinsecamente sou.
2009/10/20
2009/10/19
Remind to (not for) myself
2009/10/16
Salvam-me a nossa casa, as minhas meninas... mas há dias que é mesmo difícil puxarem-me para cima.
2009/10/15
Longas as vésperas de te ver,
Morro a cada pestanejo do teu olhar.
Anseio ao teu toque me perder,
Sem ter, sequer, coragem de te tocar.
Quero ouvir-te, comer, beber
das tuas palavras até me embriagar.
Corro atrasada, louca sem saber,
que me empato, para não lá chegar.
Esta foi a minha maravilhosa vida,
no eterno compasso de espera,
do enamoramento, lembras-te querida?
No tempo em que o encanto se deu,
Em que o meu corpo ainda era
E o teu corpo não era meu!
Lu, 15-10-09
Não consigo sequer traduzir o que é acordar e ver este poema na mesa de cabeceira, escrito enquanto dormia. Nem sei se consigo traduzir o Amor que por ela sinto, fico pequena perante estas palavras. Só sei que a AMO.
2009/09/28
A essência da mensagem do estado como um bem público

Curioso... a idade da mensagem e como é oportuna após este domingo de eleições legislativas.
2009/09/17
2009/09/16
AI CA NERBOS!!!
Oh filha, tu porta-te bem hoje, ok?
PARABÉNS Electroesteta!!!
Dedico ao teu miúdo esta música, não porque lhe queira impingir o Sporting... já sei que é do Benfica, mas porque sei que lhe vais cantar, mais dia menos dia:
"Gosto muito de te ver, Lea_ni_to!" ;)
2009/09/14
2009/09/13
- Branka de Neve, estás a ver a minha doçura?
- Está visto que gosto mesmo dos Get Set Go. Conheci-os através da banda sonora da Anatomia de Grey, e adoro as músicas, particularmente "I hate everyone". Aliás, esta oiço em repeat e muitas vezes até me pedem para a pôr a bombar lá no trabalho.
- Se o sacana do Imeen me põe novamente a musica como sample de 30 seg, então é que eu lhe digo "Die Motherfucker die".
2009/09/08
2009/09/07
É lógico!
A Maria assistiu ao aparato todo no colo da Lu. Dois homens numa azáfama;sai o frigorífico velho, entra o frigorífico novo...
No fim a Maria diz calmamente: "Mau!".
-"Não filha, não são maus, são os senhores."- respondo eu.
-"Mau."- insiste ela.
-"Não são, são os senhores"- volto a insistir.
-"A papa?"
Pronto! Está claro que os senhores são maus! Levaram o frigorífico onde se guardavam os iogurtes e deixaram-nos outro vazio e que permanece desligado (apenas por mais algumas horas, claro)!!! MAUS!
2009/09/01
De volta, cheias de mimo!
Se já não soubesse, por esta altura não tinha como negar. Somos umas sortudas. Por todas as razões e mais esta: temos amigas que nos dão, que se dão, que nos alojam nos seus corações. Abrem as portas da casa, do coração e dão, dão, dão. E na despedida, fica sempre uma sensação de ter sabido a pouco. Seja por um dia, por uma semana, ou por uma noite.
Tenho pena que as férias tenham acabado. Porque vou ter saudades destas pessoas que nos rechearam as férias. E vou ter saudades de todos os minutos que não tenho a Maria ao pé de mim.