2010/04/30

I feel like crap

Tosse irritativa e irritantes há uma semana, dor de cabeça e de costas de tanto tossir e XARAAAAAAM, uma "exacerbação da asma" (mas os médicos de hoje em dia já não sabem fazer um diagnóstico como deve de ser???). Tarde de ontem passada em salas de espera, RX, aerossóis e ala para casa com um antibiótico. No meio disto tudo só queria: descansar um pouco, voltar a ter olfacto, voltar a ter apetit... espera... voltar a ter apetite não é preciso. Ok, para serem 3 coisas, posso acrescentar "que os broncospasmos contem como abdominais"? Posso? É que o Verão está aí e dava tanto jeito...

2010/04/28

Refrescante é...

ler estas palavras sem ser num blog lgbt.

Os pais... ai os pais...

Força, muita força é que te desejo. Poderá ser difícil. Poderá até não ser tão difícil como tu imaginas. Mas é necessário. Eu silenciei as palavras que precisava dizer, por achar que tudo estaria bem neste acordo "tu não dizes, eu não pergunto". Achei que estaria a ser altruista, por não lhes obrigar a essa conversa, logo esta familia tão pouco dada a falar sobre as coisas importantes. Fui também egoista, pois ao fazê-lo estava primordialmente a proteger-me do que poderia vir a ouvir. E fi-lo durante 10 anos. Afinal, ambas coabitámos com os meus pais, e após mudar para casa própria os convites para visita ou eventos familiares eram sempre extendidos à Lu, ao ponto de se terem tornado desnecessários porque seria óbvio que ela estaria presente. Para quê, falar? Certo?

Errado. Tu precisas, independentemente de ser custoso ou não, de o fazer. Porque agora pode ser difícil, mas os teus pais irão passar pelas fases normais do processo até chegar à aceitação. E quando chegar aí, será muito, muito bom. A melhor conquista que tu poderás alcançar, querida Orquídea. E a desconstrução dessa dúvida que persiste em ti, é necessária. Para tua sanidade. Eu soube que eles sabiam, 5 meses antes da minha mãe morrer. E foram os melhores 5 meses da minha vida. A minha mãe sabia, e por muito difícil que tivesse sido compreender e aceitar isso, ela amou-me o suficiente para aceitar (me). E o meu pai, lá com o seu jeito disse "já me chatei muito, agora não me quero chatear com mais nada na vida". E eu de repente tinha superpoderes. Tinha a meu lado a mulher que amo, que estava grávida da nossa tão esperada filha, e os meus pais aceitavam-me. Os meus medos e dar ouvidos aos meus irmãos que me diziam que não tinha o direito de fazer os meus pais passarem por isso, impediram-me de me sentir uma super mulher durante, não digo 10, mas 5 anos seguramente.

Portanto querida Orquídea, quando tiver que ser, será. Mas tem fé neles e em ti.

Multiplicação de pais

Para quem não viu, aqui fica a reportagem na integra. Excelente peça, devo dizer, a melhor que vi até ao momento. Um orgulho imenso naquelas pessoas!


2010/04/27

Mudança de e-mail

O e-mail da minha conta do blogger é do iol. E já há bastante tempo que ando com imensos problemas com a conta de e-mail do iol. Recebo spam com frequência, de todo o tipo e feitio, a um ritmo alucinante que me atafulha a caixa de entrada. É frequente eu perder e-mails, só dar conta passado meses, etc. Por esse motivo e porque é uma dor de cabeça o e-mail do iol, não o consulto com frequência. Demora uma eternidade a fazer uma coisa simples como abrir e-mail, mover para a caixa de spam, esvaziar lixeira e afins.



Há questão de dias, decidi criar uma nova conta de e-mail, da gmail, para poder articular melhor as comunicações do blog. Importei todos os e-mails da conta do iol para o gmail. Acabaram-se os problemas. Bem todos, todos não... o e-mail de login do blog continua a ser o do iol e acho que não consigo mudar isto. Portanto dentro de menos de 30 dias, todos os e-mails que forem enviados para o iol, não serão reencaminhados para o gmail.



Assim, aproveito para avisar a tod@s que o novo e-mail do Oxalá é: nina.oxala@gmail.com


"Multiplicação de Pais", Grande Reportagem

Nós começámos a sonhar quando vimos pela primeira vez o filme "Amor no Feminino", particularmente a história protagonizada pelas personagens da Ellen DeGeneres e da Sharon Stone, e pouco depois lemos um paper do Clube Safo, redigido pela Fabíola Neto Cardoso, que nos fez ver que não, não era ficção cientifica, que não era algo inatingível. A inseminação artificial caseira não foi a nossa opção, preferimos recorrer a uma clínica e a um dador anónimo, porém foi o exemplo da Fabíola que nos inspirou.

A ver, hoje, na sic, às 21:05h .

2010/04/26

UFA

30º C!!!
Hoje ao ler um blog, deu-me saudades. De mim. De mim, vá lá... há 6 anos atrás. Algo aconteceu. Perdi algo nestes anos. Inocência, doçura, crença nos outros, capacidade para me encantar. Tornei-me cínica, sarcástica, céptica, desencantada e... amarga. Sinto-me desiludida. Com o trabalho, com as pessoas, comigo. Sinto-me uma couraça, toda eu sou defesa, chalaças sarcásticas, pouca entrega. Diz-me uma senhora, que não, que isto tudo deriva de uma entrega excessiva e muitas expectativas goradas. Que exijo na mesma medida que dou. E que dou demasiada importância a isso. Tenho que fazer um reset às coisas más.

2010/04/23

A Maria, esta pulginha comilona, com a qual muitas vezes tenho que lutar para eu conseguir beber o meu leite, não come. Ontem não tomou o pequeno almoço, não almoçou no infantário, não lanchou, mal jantou em casa. Hoje conseguimos que tomasse um néctar de manga ao pequeno almoço. Não entrou nem massa, nem gelatina, nem iogurte. Tudo coisas que ela adora. Isto nela não é normal. A maior parte das vezes temos é que a travar, para não comer este mundo e o outro, pelo que quando ela está assim (e é a primeira vez), é para preocupar. Não tem febre mas a educadora diz que ela ontem esteve um bocado paradinha e pedia muita água (em casa nem uma coisa nem outra). Assim que hoje deixá-la no infantário custou-me. Estou preocupada e tenho as pernas bambas. Não gosto de doenças silenciosas.

2010/04/22

Já cá canta!!!



I don't care! Vamos vê-lo e pronto! Merecemos este presente!

2010/04/16

A.D.Q.N.S.A.N.O.

Associação Dos Que Não Seguram Auriculares Nas Orelhas

Eu- Olá, chamo-me Nina e não consigo aguentar os phones nas orelhas mais do que 30 segundos.

Assembleia: Hi Nina!

Este sofrimento é atroz, gente... atroz.

2010/04/15

L.E.R.

Comprei, no dia em que a Maria foi concebida, numa livraria LGBT em Barcelona, o livro Madres Lesbianas, uma tradução espanhola do For Lesbian Parents. Começei a lê-lo entusiasticamente, porém passado pouco tempo a vida tornou-se demasiado atribulada para conseguir ler e assimilar fosse o que fosse. Portanto recentemente fui rebuscá-lo à prateleira, e voltei a ler do inicio. Mesmo tendo mandado o farmville à fava, continuo a ter pouco tempo e energia para ler. Depois de deitar a Maria resta energia para arrumar a cozinha e desmaiar no sofá 1 hora a ver séries. Mas nem que sejam 2 miseras páginas por dia, vou retomar o hábito da leitura, catano!

Para quem se interessar, para além do link da livraria, deixo uma lista de livros sobre a temática, divulgado pela Colage.

2010/04/14

A Maria

A Maria fala pelos cotovelos. Troca os F's pelos X's e diz coisas como "xótos" (fotos) e "xalda" (fralda).
A Maria dá nomes giros às coisas. Chama "pipinho" ao rabinho.
A Maria já faz chichi no bacio quando a despimos para o banho, na escolinha faz na sanita já muitas vezes e ontem fez cocó pela primeira vez.
A Maria faz birras, vai para o castigo e quando pára o berreiro diz "xá tá, pupa mãe" e dá beijinho (já está, desculpa mãe).
A Maria diz "é amigo" e faz coceguinhas, dá abraços, beijinhos no(a) menino(a) ou boneco em questão.
A Maria quer descer as escadas sozinha "É Baía!" e andar na rua sem lhe darmos a mão "É cuidado!" (vou ter cuidado, não te preocupes).
A Maria adora cães e gatos, é meiguinha com eles. Não puxa caudas, nem pêlo, nem bigodes. Faz festinhas e diz "É xixinho" (é fofinho).
A Maria cantarola pela casa e no carro. Canta as letras à sua maneira e arranja variantes à letra original. A Maria adora a Xuxa e sabe quase todas as letras. Pede-nos para cantarmos determinada música - do có-có, do gato, do "queínho" (coelhinho) - e é bom que saibas o que ela está a pedir.
A Maria não se esquece do que lhe prometemos, por isso não lhe prometemos o que não podemos cumprir.
A Maria gosta de comer. Bebe "tetinho" (leitinho) com uma "paínha" (palhinha), adora "masha" (massa), "roz" (arroz), "xoupa" (sopa), "mate" (tomate), "nana" (banana), "pashã" (maçã), "xumo" (sumo) e "bolho" (bolo).
A Maria diz "Qué maish" (quero mais) e "É xêa" (tou cheia).
A Maria come sopa sozinha com uma "bébeu" (colher) e o resto com uma "xaco" (garfo).
A Maria brinca ao faz de conta, finge que nos faz comida e nós comemos. A dieta é difícil por causa disto.
Tou fartinha de aqui estar. Já não há cu que aguente isto. Mas também não há alternativa nem coragem. E há muita obrigação.

2010/04/13

Retro Party

Um bocadinho mais acordada que ontem (vamos fingir que sim, ok?), devo dizer que me diverti à brava este fim de semana. Aproveitando um jantar de amigos que estava marcado para sábado, lembrei-me de convocar uma flash 70, 80 & 90's party. O pessoal alinhou todo e em 2 horas quase todos conseguiram desencantar roupas, adereços, penteados e pinturas. Acho que há séculos que não fazia algo tão divertido!

T-shirt rosa choque metida para dentro das calças, blazer branco de mangas arregaçadas à Sonny Crocket (Miami Vice), óculos Ray Ban do mercado de Estoi pendurados na t-shirt, poupa altaneira, sombra de olhos rosa gelado de morango, tennis All Estrela. E a Lu de camisa de riscas azul, com estampado piroso à frente, metida para dentro das calças, todos os botões abotoados, chumaços improvisados com pensos higiénicos (resultou na perfeição), lenço de cetim com ursinhos a prender o cabelo e poupa, brincos de pérolas, lábios bem vermelhos, sombra de olhos azuis... indescritível.

Giro foi sair de casa nestes propósito, perdidas de riso, arrumar a tralha que levávamos no carro, perante o olhar dos vizinhos e passar no centro de Loulé. Às 19h da tarde, com bastante luz ainda, foi preciso coragem ;)

Chegadas à casa do anfitrião (que foi mantido na ignorância) foi morrer a rir ao encontrarmos as outras amigas e vermos como vinham. Estavam todas lindas, mas para mim quem ganhou o desafio foi a que parecia a Madonna. A música ficou ao cargo da M80, sem grandes stresses, as fajitas estavam maravilhosas e as caipirinhas desciam bem para xuxu. A Maria e o C. brincaram a noite toda; é lindo ver a cumplicidade que aqueles dois têm. É o que dá serem amigos desde a barriga. Em suma, foi do best!

2010/04/12

People who give a damn



Slow monday, estou com pouca actividade nos neurónios para acrescentar algo. Vejam, vão lá.

Dan Savage on Gay Adoption

Obrigada à miúda que me enviou isto por mail. Muito bom, a não perder.

2010/04/09

Mais um passo...

... isto parece que está a ser tirado a ferros... Faz-me recordar o dia 21 de Abril de 2005, quando eu e a Lu de Barcelona regressávamos de avião , após a primeira inseminação.

Estivemos em BCN 2 dias, e enquanto lá estivemos não demos conta de nenhum fuzué, nenhum burburinho. Passámos por vários quiosques namorando postais, ímanes para frigorífico, passámos os olhos pelas revistas e juro que não nos demos conta de manchetes sensacionalistas. Pode ter sido falta de atenção - afinal estávamos numa lua de mel, num namoro pegado e absolutamente centradas na eminência de regressarmos a Portugal com uma pequena, pequena bebé no ventre da Lu - mas não vimos nenhum alarido (again, não quer dizer que não tenha havido).

A hospedeira traz-nos os periódicos no início da viagem e é quando vimos na primeira página! É aprovado o casamento entre pessoas do mesmo sexo e adopção para casais de homossexuais. Numa assentada só! Badabin badabum. Ia explodindo, deu-me vontade de mandar o avião fazer meia volta e regressar a Barcelona.

Aqui, é o que se vê, desconfio que este PR após aprovação definitiva pelo Parlamento, vai entrar em processo de autofagia.

Posto isto, já vai sendo hora de aprender a casar :)

PS- e neste último link, vai ter que ser removido em breve o 3º ponto dos impedimentos.

2010/04/08

Tchhh pró que me foi dar!

Estamos aqui no trabalho num desassossego a ouvir a Rádio M80. Ao início de cada música é só ouvir "Ena pá, há tanto tempo." ou "Essa é D.E.M.A.I.S". Inevitavelmente, cada música transporta-nos para determinados momentos pelo que é uma viagem muito gira.

Por exemplo o "Não posso mais" do Pedro Abrunhosa & Os Bandemónio, lembram-me eu e a minha amiga Catarina encharcadas em suor a dançar no concerto que deram na Sé, em Faro, concerto inesquecível, pela banda, e pelo público que parecia estar todo possuído - fazíamos tudo ao comando do Abrunhosa. Man... those days...

E o "Heart of Glass" dos Blondie, na discoteca Day After em Viseu, com um bando de malta que estava numa road trip. Estava muito bem na minha, quando um gajo me abordou e por muito que lhe dissesse que não estava interessada e que não queria falar com ele, o gajo não desgrudava, tal era a bebedeira que tinha. "e porquê, e porquê". Até que a Guida, ao ver-me naquele enleio aproxima-se de mim, põe-me o braço por cima, dá-me um beijo que apesar de ser na cara, foi muito sensual e diz numa voz rouca "porque ela está comigo". E o gajo afastou-se a vociferar e lá gozamos o resto da noite em paz. O giro disto tudo, é que para mim nessa altura tudo isto era para lá de irreal. Estava bemmmmmmmm dentro do armário principalmente para mim mesma e pensava então, para os outros (agora não estou tão certa que os outros não vissem melhor o que eu negava). E penso, como pensei na altura, no gigante par de tomates que aquela rapariga teve naquele dia. Grande Guida.

2010/04/05

Off

é como tenho estado. Offline e até o telemóvel esteve mais longe. E foi bom, bom, BOM.

2010/03/23

Para a minha Lu...

... que adora esta música, e que com a Maria, me espera todos os dias no nosso casulo.


2010/03/22

Sinto-me decepada...

... com a forma como a Câmara Municipal de Loulé decidiu comemorar o dia Mundial da Árvore.
Estou triste, triste, triste. Não percebo como uma requalificação que pretende tornar o espaço mais pedonal, mais atractivo para os utentes, implica o abate criminoso das Tílias centenárias da Praça da República (façam zoom para verem a mancha verde). Não eram árvores em risco de cair, não constituíam perigo para ninguém.

Não mais vamos parar debaixo daquelas árvores para a Maria comer um iogurte, numa manhã de mercado ao sábado, não mais vamos passear debaixo do perfume doce das tílias, não mais vamos sentir o alívio das suas sombras num dia quente de Verão...

Aquelas Tílias, eram emblemáticas. E eram um dos meus orgulhos louletanos.

Criminoso. Postarei fotos quando conseguir aproximar-me daquele sitio outra vez...

Adenda - tudo isto, levado a cabo no Dia Mundial da Árvore. Irónico.

2010/03/19

talvez esteja mesmo na hora...

2010/03/18

O desconcerto do Mundo

Os bons vi sempre passar
No mundo graves tormentos;
E, para mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só para mim,
Anda o mundo concertado.

Camões

Reset

Só tu para, num dia como este, cinzento, triste, cheio de aborrecimentos, me insuflares ânimo apenas e só por almoçares comigo. Amo-te mais que todas as pizzas do mundo ;)

2010/03/12

Se chove "ai que bem que estava em casa, com uma mantinha, gatinhos sobre as pernas,ver um filme..."

Se faz sol "Epá, não apetece nada estar aqui dentro, com este sol lá fora!"

ETRABALHARNÃO? Que noia.

Adenda - estava a falar de mim mesma.

2010/03/10

Agora a sério...

... Já alguém se debruçou sobre a importância de ter um bom esfingter? É para responder, ok?

2010/03/09

Será gabarolice...

... mas:
  • amigos vêm nos contar que amigos deles comentaram que a Maria é a criança mais bem-disposta e feliz que conheceram.
  • a educadora do infantário diz que a palavra que melhor descreve a Maria é "equilibrada". Partilha bem, não é demasiado mimada, não tem chamadas de atenção. Que é muito sortuda por ter 2 mães presentes. Que devemos estar muito orgulhosas dela, e muito orgulhosas de nós.
Ficamos do tamanho de uma montanha :)

2010/03/08

I've got the blues

2ª Feira, birra monumental da Maria para sair de casa. Não queria comer, não se queria vestir, não se queria lavar, não queria mudar as fraldas (que foram 2 de cocó, irra), não queria vestir o casaco... enfim... no fundo eu e ela em perfeita sintonia: Não queríamos sair de casa. Por fim lá ganhei a luta, e saímos, as duas cansadas de digladiar. But a girl got to do, what a girl got to do. Ela tem que fazer as birras dela (é saudável), e eu tenho que não deixar que estas tenham sucesso. E depois ficam sempre umas nódoas negras residuais no coração, por dó de fazer mal para fazer bem.

Hoje era daqueles dias em que ficava em casa, sem ver ninguém, na minha, gatinhos no colo, a ouvir a chuva lá fora. Apre! 2ª do demo!

2010/03/05

Contagem decrescente!

Lá fora um negro a anunciar um fim de semana inv(f)ernal. Cá dentro a certeza de que nos aguarda um fim de semana tropical! Pelo menos da caipirinha e fajitas não nos escapamos!!!
Oh yeah!

2010/03/04

Porque hoje fazes anos...
Porque te amo com todas as minhas particulas subatómicas...
Porque me apetece cobrir-te de mimos e beijos...
Porque hoje olhar para nós as três a tomar o pequeno-almoço encheu-me de ternura...


Hoje é dia de festa!!!

2010/03/03

Desvio os bebés que a Maria pôs no sofá para falar com a Lu acerca dos acontecimentos do dia. A Maria reclama "Eh xenta!" Eu digo-lhe "tens razão, sentei-me no lugar dos teus bebés" e levanto-me. Ela agarra-me pelo braço a ajudar a levantar e diz "Eh papa".


O_o

Mas afinal quem é que manda neste barraco? Hein?

Tradução: 1) Não senta.
2) Vai mazé fazer a comida.

2010/03/01

Acabo de atirar os sapatos para longe e começo a dançar o rock & roll, ao som da Xuxa. A Maria imediatamente franze o sobrolho e diz: "patos mãe". Pronto, lá se vai a espontaneidade :( LOL

2010/02/24

A Family is a Family




Adenda - para mais informações sobre este documentário ver aqui.

...

... sensação de que falta alguma coisa...

2010/02/22

Finalmente conseguimos lavar e enxugar as caminhas dos gatinhos. Uma delas, é composta por 2 caminhas de tamanhos diferentes e sequenciais, encaixadas uma na outra para ficar mais fofinho. Foram compradas nas lojas orientais (vulgo, chineses) e o preço de duas não faz o preço de 1 das outras. Tem um inconveniente: os gatinhos não podem fumar. E têm que ter bastante cuidado ao se esfregar para não criarem faíscas de electricidade estática.

Moday mood

Série de posts que não estão relacionados V

"Para graça, uma vez basta", disse-me ela. Creio que te enganaste. Também quero essa graça.

Série de posts que não estão relacionados IV

Olho à volta e só vejo espetos e fogueiras. Estamos em tempos de caça às bruxas. Assustador.

Série de posts que não estão relacionados III

Há coisas que simplesmente não se concertam. Ponto.

Série de posts que não estão relacionados II

O Amor às vezes entra-me pelos olhos, aloja-se no coração, irradia pelas artérias até às pontas dos dedos e é então que me dá vontade de te agarrar nos meus braços e encher-te de beijos.

Série de posts que não estão relacionados I

Sábado foi tempestade.
Domingo dia de sol.

2010/02/19

AI...

... pronto... uma música bem lamechas, daquelas bem enxaropadas do Michael Bublé. Culpem o TPM que hoje está fera por aqui.

Ingénua is my middle name

Não sou de falar dos outros. Da vida dos outros. Não quer dizer que não fale, mas evito e não me sinto bem com isso. Da minha, falo pelos cotovelos. Pelo menos quando sinto um mínimo de empatia e confiança, e mesmo assim receio muitas vezes expor-me em demasia.

Na mesma medida, imagino que os outros tenham mais que fazer que falar e comentar a minha vida. Sempre fui assim. Desde o momento em que os meus irmãos mais velhos, já casados e que não me ligavam senão no Natal e aniversário... se reuniram com a minha mãe, para manifestar preocupação por eu ir todos os dias para escola com uma bola de basquetebol (durante a minha adolescência) "porque não era de menina", que constatei com espanto que não sou tão invisível quanto pensava e gostava, e que afinal sob aquela capa de indiferença se escondia uma profunda preocupação pelo meu bem-estar.

Assim, ainda hoje constatei que continuo tão ingénua como aos 14 anos. Mas convenhamos... epá com uma vida tão sumarenta como a nossa, como podemos pedir às pessoas que não falem de nós??? Que lhes ficaria para comentar? A senhora da mercearia que rouba nos pesos, a crise económia, ou PIOR - Deus nos livre e guarde- dos seus próprios problemas??? C´horrooooooor.

2010/02/18

Feel good music

Porque é dia 18, e porque o meu amor gosta desta musica.

Recuerdo de S. Valentim

2010/02/11

Catarse (passem à frente se não vos apetecer)

aNa, esperava ponto por ponto estes teus comentários. ;) Demorei horas para escrever aquele post e sabia que mesmo assim para o explicar seria necessário mais do que aquelas linhas. Teria que explicar não uma, mas 6 vidas.

1) Não parto do pressuposto que a orientação homossexual nos torne super heróis. A minha mãe era a minha heroína independentemente da sua orientação sexual.

2) Tenho tendência para endeusar a minha mãe, é verdade. Não a desresponsabilizo dos seus defeitos, dos seus actos, porém acho que foi fortemente condicionada pelo meu pai por um lado e por outro lado, pela sua proveniência e opções que lhe estavam disponíveis na época em que viveu.

No caso concreto da minha mãe, ela era mais esclarecida, empreendedora, independente, forte, segura que o meu pai. Tempos houve que lhe disse que ela não precisava dele para nada, porque é que ela não se divorciava. Isto em tempos em que era muito fácil encontrar soluções para problemas complicados. Curiosamente, ao pensar como seria se a minha mãe fosse lésbica, não escrevi este post a imaginar um relacionamento desse carácter. Limitei-me a retirar a figura do meu pai do quadro. Não pus ninguém no seu lugar. A minha imaginação "doesn't go that far".

A minha mãe casou-se com o meu pai em 1956, julgo. Numa altura em que uma mulher sem educação (2ª Classe), pobre e proveniente de uma família desmembrada, sem bases e posses não tinha outra alternativa senão casar-se para ter uma maior segurança financeira. Aos 7 anos tomava conta de um rebanho de animais, cada um de sua espécie, cada um puxando para o seu lado. Levava nessa altura preso à cintura um tachinho pequenino e umas armadilhas de passarinhos, que apanhava durante o pastoreio e cozinhava no tachinho para acompanhar o naco de pão que lhe deram à saída de casa. Trabalhou também na ceifa e quando as colegas lhe descobriram a voz de rouxinol começaram a pagar-lhe uns tostões para cantar na ceifa.

Saiu de casa aos 15 anos para ir servir como criada em casa de "Senhores" em Lisboa. Atravessava Lisboa inteira para fazer as compras para a casa dos "Senhores" com o dinheiro contado, à procura onde algo fosse uns tostões mais baratos (e guardava o troco). Dormiu num vão de escadas. Namorou. Ninguém lhe encheu as medidas.


Aos 26 anos apareceu o meu pai, homem apaixonado, honesto, sem vícios. Começou a namorar com ele. Estava a ficar "fora de prazo" e as pessoas começavam a falar porque frequentava a casa do meu pai para cuidar dele enquanto ele esteve doente (teve uma pleurisia). Casou-se. Passado um ano teve 1 filho. E mais 2, de dois em dois anos. E eu passado 19 anos.

Tiveram muitos negócios. O penúltimo, negócio de criação de frangos fazia-a levantar de madrugada para matar, depenar e arranjar as galinhas para o meu pai depois levar às mercearias e restaurantes. Os meus 3 irmãos ajudavam antes e depois da escola. Lutou muito contra o meu pai e o seu autoritarismo. Valeu-lhe vários amuos de meses. Uma vez o meu pai ficou sem lhe tocar ou falar durante 6 meses. Tomou conta da minha avó paterna nos seus anos de vida durante os quais engoliu uma série de sapos.

Após o meu pai ter trespassado o último negócio que tiveram, por um valor ridiculamente baixo (nunca foi bom negociador), e ter gasto as poupanças nuns terrenos que comprou para ter mais trabalho (até ao fim dos seus dias), ficámos depenados. Começou a fazer folares e empanadilhas para ganhar dinheiro primeiro para pagar a minha explicação de Matemática e depois, após ver a boa aceitação e o rendimento que conseguia, passou a fazê-los o ano inteiro e com isso governava a casa, começou-me a dar uma semanada de 500 escudos, mandou fazer uns vestidos na modista... O meu pai sentiu-se diminuído, amuou quando ela levou a minha avó materna para a nossa casa. Passado alguns anos mudou a atitude. Ficou mais brando. Reconheceu-lhe valor. A conta bancária estava a recuperar graças aos folares e empanadilhas.

(...)

No último ano da sua vida a minha mãe faltou pela primeira vez ao respeito ao meu pai. A minha tia e ela tiveram uma discussão por causa da questão das minhas avós e a minha mãe revoltou-se por ninguém lhe agradecer ter sido ela a tratar da sogra e ao mesmo tempo ter sido tão hostilizada quando chegou a altura de tratar da sua própria mãe. O meu pai ralhou-lhe por ela ter falado como falou com a minha tia. A minha mãe disse-lhe "Olha lá... e tu não iras à merda, mazé?" E telefonou-me revoltada, zangada, injustiçada. Desabafou tudo. Consolei-a como pude. Depois veio a época das alfarrobas. E depois a das azeitonas. E eu e a Lu, grávida de 6 meses a ajudá-los. Outubro/Novembro. Dezembro, trouxe o diagnóstico de cancro. E o que se passou nos 2 meses seguintes foi demasiado doloroso, os mecanismos familiares foram demasiado sórdidos, para eu agora descrever. Terminou com ela a perguntar-me "Mereço isto?" e a desejar-me "Boa viagem, filha".

O meu pai portou-se exemplarmente durante a sua doença. Sempre a amou... como soube é certo. Quando morreu, a minha mãe tornou-se uma santa para ele. "Sempre sofreu muito, pobrezinha, por causa dos filhos... e eu também fui bastante áspero para ela." "Tens de ser forte filha, agora estás sozinha."

Agora, o meu pai voltou a ser o ser o umbiguista que sempre foi. Um umbiguista mais sofredor. Que é incapaz de acarinhar-nos na nossa visita, mas que chora na despedida. Que no seu silêncio cobra as faltas de ajuda na terra, com as alfarrobas ou as azeitonas. Que faz chantagem emocional surda. Talvez seja apenas eu que a oiça, não sei.

Esta zanga dificilmente será terapêutica, ou permitirá dar um passo em frente. Porque, como sempre não se fala "Lá estás tu, lá estão vocês com essas conversas, essas intrigas". O segredo, o silêncio, sempre o silêncio. E ainda é minha/nossa (dos filhos) a culpa de tudo o que se passou. Porque falámos. E devíamos ficar calados.

Quanto à minha mãe, esta mulher, com esta força que lhe conheci... dificilmente iria tolerar subjugação se estivesse em igualdade de circunstâncias. Talvez eu seja ingénua. Talvez não.

2010/02/10

Se a tua mãe fosse lésbica, mudava alguma coisa?


Se a minha mãe tivesse sido lésbica...


Seria uma mulher de trabalho, como sempre foi. Não teria que prestar contas e dever obediência a um marido prepotente e autoritário que só lhe deu verdadeiramente valor após 35 anos de casamento.

Não a teria encontrado inúmeras vezes a ensaiar discursos - que nunca chegava a ter - ao espelho da casa de banho. Quando alguém lhe pisasse os calos diria de sua justiça e pronto.

Seria dona da sua vida. Não lhe aparecia um carro à porta acerca do qual, a sua opinião nunca foi tida nem achada.

Quando os filhos começassem com ciumes parvos uns dos outros, intrigas e afins, provavelmente daria um par de berros a cada um e diria para nos entendermos. Não seria obrigada a ficar calada, ou falar às escondidas, porque "há coisas que não devem ser alimentadas, não devem ser faladas", estabelecendo-se o culto do "segredo".

Quando os filhos se casassem, daria (como deu) cestas e cestas de viveres para encher a dispensa, na difícil fase que é o começo de vida a dois. Às claras porém. Sem ter de esconder do marido.

Não teria que governar a casa com uma magra mesada de 20 contos, mesada essa que só muito recentemente foi actualizada. Não teria que pedir dinheiro para comprar uma roupa, ou comprar uma prenda para os filhos ou netos.

Teria arranjado um tempo para, de vez em quando, ir passear com os filhos à doca, ver o pôr do sol, como idealizava em solteira. Em vez de ficar em casa, fazer o jantar, comer, deitar as crianças e ainda ir fazer trabalhos domésticos até se ir deitar.

Não se teria desgastado tanto, fisicamente e emocionalmente, para poupar o marido.


Em relação aos filhos? Amaria-os muito, defenderia-os como uma leoa. Cometeria erros como qualquer mãe. Isto manter-se-ia inalterável.


Este post resulta de uma brainstorm individual, provocada pelo cartaz da campanha publicitária anti-homofobia da ILGA. De facto mudava muito. Mas nunca o amor que nos une.


PS- sim, tenho perfeita consciência que este post revela o quão zangada eu estou com o meu pai.

2010/02/09

Com os dois anos, chegaram mais algumas birras de estimação. Agora é uma luta (greco-romana, só falta aquelas roupinhas sexys) para a tirar do infantário. Ontem já em desespero fui falar com a educadora. Enquanto ela me dizia o que eu já sabia "controlar a ansiedade, é normal, os 2/3 anos é muito difícil, é a altura das birras) a Maria vai para o colo dela, pára de chorar e começa a ouvir a conversa. A Maria guarda para nós o melhor e o pior. Os mimos, as birras. As despedidas são difíceis. De sítios, pessoas. E é tudo "Nhão!". Um não bastante determinado, mas que muitas vezes quer dizer sim.

2010/02/08

Depois do blog, com os seus novo sistema de comentários do Blogger, ter sido inundado por mensagens de spam, vejo-me obrigada a tornar os comentários apenas para utilizadores registados e sujeito a verificação de palavras. É por essas e por outras que quando criei o blog adoptei o Haloscan... nunca tive problemas com spam e tinha uma série de funcionalidades mais giras... Oh well, peço-vos um pouco de paciência.

2010/02/05

Work in progress

Não, não vieram parar ao blog errado... simplesmente estamos em obras. Pedimos desculpa por qualquer inconveniente.

2010/02/04

Finalmente... O BOLO


Às vezes adio, adio, adio... mas aqui está! O bolo que fizemos em pasta de açúcar para a festinha da Maria lá em casa. Foi uma trabalheira, mas no final, ficou bonito. Isto definitivamente não é para amadores... não sei se me aventuro a fazer outro...

PS1- sgfiltro, as velinhas do outro bolo mais pequeno são iguais a estas.

PS2- A bonequinha é a Maria e foi feita por mim :P

PS3- Sim, são gomas vermelhas à volta. Que a Maria após soprar o bolo fazia assim:


comia uma, dava uma a um menino, comia uma, dava uma a uma menina... ;o) espertalhona!




PS4- Oh pr'ó projecto em construção:
I guess we are all damaged in some way...

2010/02/03

Avatar

ou "O filme que toda a gente quer ver... e eu não".

Com reduzida disponibilidade para ir ao cinema, cada vez que me dizem "tens de ver o Avatar no cinema" eu torço o nariz "hum, pois" e adio. Não tenho nem 1g de vontade de gastar as minhas horas de pipocas e coca- cola com este filme. Perdoem-me os fãs, mas parece-me que espremido e removido os efeitos especiais e 3D, fica muito pouco assunto e francamente... não estou nessa onda.

No entanto, este aqui, deu-me logo um formigueiro nos dedos, vontade de me afundar numa cadeira de cinema, dar a mão ao meu amor e esquecer-me do mundo à volta. Gosto de filmes que nos fazem regressar a casa em silêncio, com medo de quebrar o encanto e regressar à realidade e este parece-me ser desse tipo.

2010/01/29

Quantos anos tens, Maria?


Doiiiiiiiiz!!!

Eu sei, eu sei... ela é linda! :D

2010/01/28

Há* dois anos, por esta altura fazíamos as mil léguas hospitalares com algumas pausas para ela se encostar às paredes e eu alimentava-me de chocolates e barras energéticas (Deus me livrasse de sair para ir comer comida a sério!)...

* Erro corrigido, graças à aNa, que não deixa escapar uma ;)
À conta desta arreliação e de outras coisas que tais, tenho os músculos e tendões retesados, esticadinhos, esticadinhos. Tão esticadinhos que dava para tocar viola neles. Para quando cadeiras de massagem nos locais de trabalho? Hein?
Sinto-o assim... um pouco amputado... :(

Good bye Haloscan, Hello Blogger

Então é assim, já estou com os olhinhos em bico, mas com uma ajuda da Neva, já tenho pelo menos o sistema de comentários do Blogger.

Os antigos comentários, tenho-os guardados, exportei-os do Haloscan e agora vou tentar descobrir como os importar para o Blogger. Como tal não vos é possível vê-los.

Fingers crossed.

Usem e abusem da nova caixa de comentários do Blogger.

*sniff... mas fico cá com umas saudadinhas do Haloscan...*

2010/01/27

Aviso à navegação

Como o post anterior indicou, o Haloscan vai fechar, e agora estou com o lindo berbicacho de perceber como raios vou importar comentários de 5 anos para o Blogger. Até eu conseguir pelo menos remover o Haloscan e voltar a ter comentários do Blogger, os antigos comentários encontram-se ocultos, pois já os exportei do Haloscan e não quero mais ninguém a comentar nele.
Espero que consiga solucionar isto esta noite (pelo menos para os novos comentários... que os antigos, cheira-me que se o Blogger não tiver piedade pelos utilizadores do Haloscan.... foram-se para sempre).

É como se me queimassem um álbum de fotos... raios.

Qualquer coisa, mandem e-mail (tisna@iol.pt).

Tou F.....

Então não é que o Haloscan vai à vida?! E agora os meus comentários todos? Ai mãezinha...
O cartaz, uma cartolina cor de rosa, dizia em letras toscas "Jesus deseja a você um feliz regresso a casa". Na esquina de um cruzamento movimentado, aquele homem seria praticamente invisível se não fosse aquela cartolina e o menear ao som de uma qualquer musica que ouve com os seus fones brancos. Os lábios movem-se. O som do seu cântico é surdo, no barulho do transito e no silêncio das janelas fechadas pelo frio. Vira o cartaz: "PEACE PAZ". Olha para mim, sorrio, o transito avança, a vida continua.

Talvez seja isto que o mundo precisa. Mensagens de paz espalhadas pelos cruzamentos. Aconteceu ontem ao fim do dia, algures num cruzamento movimentado, no meu regresso a casa.

2010/01/26

Só há uma coisa pior que gente estúpida:


Gente estúpida e ARROGANTE.

2010/01/25

Manda o bom senso que quando não se tem nada de jeito para dizer, fica-se calada.

2010/01/18

Há algo de libertador em ter o carro avariado e não puder sair de casa. Sem ironias, recomendo. Fim de semana muito produtivo, cozi um botão, abri dois bolsos do casaco, remendei o forro do bolso (estou muito orgulhosa), fiz bolo de iogurte sem fermento e mesmo assim ficou bom e finalmente deixou de ser Natal lá em casa! Ufa.

PS- A Lu aceitou o pedido, ai dela que não aceitasse. Levamos uma semana a viajar na maionese! Vamos ver como corre agora com o PR e TC.

2010/01/08



Foi com alguma inquietude que acompanhei o debate acerca dos projectos sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Não só hoje, mas o que se vem fazendo desde há já algum tempo. Fico algo incrédula com a retórica retorcida usada pelos contra, alegando presumíveis valores morais. Fico incrédula com a veemência demonstrada, pelo empenho no combate. Que realmente temem? Que interesses realmente defendem?

Caso não se tenham apercebido, nós não vos estamos a pedir licença para existirmos, amarmos, termos filhos, sermos felizes. Como sempre foi e será, EXISTIMOS, AMAMOS, TEMOS FILHOS E LUTAMOS PELA NOSSA FELICIDADE, tudo isto à revelia da vossa vontade. Com isto do casamento, apenas pedimos que enquanto cidadãos participantes nesta democracia, os nossos direitos sejam defendidos. É isto que a instituição casamento faz: defende os direitos dos que dela participam.

Agradeço a tod@s quanto lutaram e lutam pelos nosso direitos, hoje estão de Parabéns. Todos vós. Mas garanto que hoje, se apanhasse o Miguel Vale d'Almeida por perto, dava-lhe um abraço quebra-ossos, que aquele discurso na A.R. deixou-me com um imenso orgulho de o ter como representante.

Lu...

... Queres casar comigo?

Sou só eu que estou com borboletas no estômago?

Aqui, ao vivo:
Debate dos projectos sobre casamento homossexual

2010/01/07

A Vueling, que tantas vezes nos levou até BCN, enviou-nos este presente de Natal. Eu sei que a época natalícia já terminou, mas este clip está bom demais e decidi partilhar. Um poço de boa disposição (e a música não mais me saiu da cabeça).

Tarefas

Estou toda contentinha! Nada como arranjar um tempinho para fazer aquela coisa que há tanto tempo queria fazer. A terapia de substituição é capaz de dar um bom resultado!

A horta em vasos, apesar de bastante fustigada pelos ventos, lá vai... de vento em poupa. Os tomateiros dobraram-se com o vento, mas continuam vivos e com flor. Pode ser que sempre vá colher tomates na varanda! As alfaces essas estão bem boas, roxas do frio (é a variedade) e em breve tenho que apanhar uma ou duas para salada, para desbastar e criar espaço para as restantes. A salsa e coentros finalmente a dar sinal de si, após uma fase de estagnação. Afinal o que elas gostam é de serem encharcadas... estava eu com tantas cautelas para não alagar o vaso... com estes dilúvios é que elas se deram bem! Talvez seja melhor pensar em semear mais vasos de aromáticas, porque pelo tempo que demoram a crescer, quando colher tudo, vou demorar bastante tempo até ter nova produção... Tenho muito a agradecer ao S. Pedro porque todo o trabalho que tenho tido com a horta tem sido apenas telepático.

2010/01/05

Resoluções de Ano Novo

  • Perder 10 kg (mínimo).
  • Planear melhor a alimentação.
  • Praticar exercício - tirar .
  • Procrastinar menos.
  • Cuidar-me melhor.
  • Tomar os medicamentos como deve de ser.
  • Organizar-me melhor.
  • Menos internet à toa, desenvolver passatempos mais recompensantes.
  • Tomar as rédeas do meu humor.
  • Reduzir a minha pegada ecológica (ai os banhos...)
  • Cuidar melhor do meu castelo e princesas.
  • Cagar para os outros que cagam para mim.
  • Cagar para as picuinhices da vida.

2009/12/31

Feliz Ano Novo

Este ano que finda fica marcado por ter tirado finalmente um pedregulho de cima de mim. Surpreendentemente a balança não acusa menos peso (chiça!).

Para 2010, urge redefinir prioridades, baixar um pouco as expectativas e continuar a lutar por ser feliz.

A tod@s desejo que 2010 nos traga mais igualdade, justiça, tranquilidade, paz, amor.

2009/12/30

Fantasias de Natal


As tradições são para se cumprir, pelo que a Maria no dia de Natal teve direito ao seu primeiro Pai Natal de chocolate.

Este Natal, que teve não 2, mas 4 dias foi um realizar de tantas outras fantasias que não de chocolate. Cheiros, sabores, prendas, expectativa, azáfama, família, alguns amigos, nós. Fez quentinho dentro do coração e andámos com um sorriso colado aos lábios.

A Maria compreendeu e portou-se bem com o ritual das prendas. Ao acordar e chegar à sala, pegou num embrulho, levantou um pedacinho de papel e deve ter chegado à conclusão que devia pedir-nos licença. Foi ter connosco ao quarto com a prenda nas mãos: "Qué isto?". É pr'á Maria. Claro! Como 99% das prendas!

Espero que para tod@s vós, este tenha sido também um excelente Natal, com quentinho no coração.

2009/12/08

Não tem havido muito tempo para postar. Vim só dizer que estamos todas doentes cá por casa, particularmente a Maria que apanhou uma pneumonia. Nome assustador, mas ela parece estar bem, cheia de energia (o que se deve provavelmente aos aerossois que está a fazer). No dia que fomos para a Urgências Pediátrica é que apanhamos um cagação - 39,7ºC, dificuldades respiratórias, unhas e lábios azulados... um susto. Agora está medicada e de resguardo em casa.

Eu e a Lu também andamos adoentadas, mas segundo consta é alergia... portanto está tudo de choco cá por casa.

2009/11/23

Os fins de semana deviam ser sempre assim. Boa paparoca, convívios (mesmo os mais inesperados ;)) e oportunidade para desfrutar da filhota em grande!

Domingo fomos ver a Olhão o Serafim & Companhia (se não sabem quem é, vão actualizar-se ora). Foi o primeiro espectáculo da Maria em ambiente de teatro, luzes apagadas e acção no palco. Tínhamos receio que ela tivesse medo, do escuro ou da cabeçorra do Serafim, mas a moça portou-se muito bem. Ficou muito parada, não fechou os olhos nem para pestanejar. Por último já queria ir para o palco e dançava no nosso colo.

De seguida fomos ao Forum, à procura do Pai Natal. Não chegámos a falar com ele, porque a fila dava volta ao quarteirão, mas a Maria ficou de olhos a brilhar para o carrocel que lá está (daqueles mesmo antigos), e para o comboio. À hora do almoço, tinhamo-la posto num daqueles carroceis pequeninos que se põe 1€ e ela quis pular logo para fora com medo. Mas o comboio... talvez ela se aguentasse lá... "Queí boboio mamã" Uma das mães Natal que lá estavam asseguraram que se ela quisesse sair que paravam o comboio e para ajudar, puseram-na ao lado de uma menina mais velha. Disseram-lhe para se agarrar bem no corrimão em frente e lá foi ela. Não há palavras! Não só se aguentou a viagem toda (e não foi curta), como não largou o corrimão da carruagem o tempo todo. E ria-se, ria-se, ria-se!!! Foi um dia de novidades e provou que está muito crescida. Adorou as luzes de Natal e particularmente a árvore de Natal do Forum. "Olha, olha, olha" não parou de dizer o tempo todo. E quando eu me ausentava por um bocado e ela voltava a reencontrar-me no meio da multidão, corria de braços abertos, toda ela se saracoteando de felicidade. Enche-me de orgulho esta moça.

PS- Falta-me aqui foto do boboio, mas o blogger não está a deixar... fica para amanhã.

2009/11/18

Quando se está perdida, parece-me uma boa ideia regressar ao principio.

É bom encontrar os olhos de quem nos ama.
É bom ouvir a gargalhada de uma criança.
É bom conversar até às 4 da manhã, amigos, uns copos, falar sem travão, vindo da alma.
É bom sentir reconhecimento.
É bom às vezes mandar as responsabilidades para o galheiro.
É bom amar.
É bom ser amada.

2009/11/03

L.O.S.T.

ps- não me refiro à série
Puxar não resulta... vamos esperimentar:

EMPUUUUUUUUUUURRAAAAAAAA!!!

2009/10/29

PUUUUUUUUUUUUXa pr'a cima!

2009/10/26

E lá se começa mais uma semana de trabalho. O fim de semana foi muito bom, com um ritmo mais lento, como há muito ansiava. Estive a preparar a minha hortinha de Inverno. Já tinha feito antes uma hortinha nos vasos da varanda lá de casa e correu bastante bem (excepto a salsa e coentros que semeei de raiz, mas que por desleixo deixei perder). Tivemos alfaces lindas para a salada. Desta vez decidi-me aventurar e comprei umas mudas de alfaces, tomateiros, alho francês e para evitar que acontecesse a mesma coisa da estação passada comprei também a salsa e coentros em alvéolos. Assim que já tenho tudo plantado. A Maria ajudou até um certo ponto mas pusemos um ponto final na brincadeira quando ela teve um encontro imediato com um tomateiro. Pode ser que na Primavera já possa participar mais activamente na horta.

No domingo a seguir ao almoço aproveitei enquanto a Maria dormia e fiz uma siesta! Soube-me bem, bem, bem. A Maria dormiu 3 horas e eu dormi 2. A Lu ficou a ver televisão e diz que eu até ronquei. A seguir fomos à Feira de Sta Iria. A Maria começou logo a dizer "Olha, olha" ainda não tinha chegado ao recinto... só de ver os meninos e meninas que regressavam com balões nas mãos. Quando lá chegou nem fechava a boca a olhar para os carroceis, as luzes e corrupio. Comprámos umas farturas para o lanche e a senhora foi tão simpática que ofereceu um churro para a Maria. Ela agarrou-se a ele e papou-o até ao fim (quando começou a chegar ao guardanapo, desviou-o e continuou a comer). Para o ano já anda de carrossel.

Hoje é o regresso à realidade. Fico aqui a pensar o que será que ela está a fazer neste momento. *suspiro*

2009/10/21

Por vezes o tempo que se demora a fazer a corte uma pessoa (no amor mas também na amizade) é pura perda de tempo. Adia o momento da entrega e deixa-nos com um sabor amargo de não se conseguir recuperar esse tempo.

Porém faz crescer em nós um frémito até ao momento em que finalmente nos entregamos em pleno.


Sim, hoje é dia de pensamentos contraditórios.
Encontro-me envolta num torvelinho de mudança. Mudança a diversos níveis. E quando nada mudou ainda, afigura-se a possibilidade de mudar. Se dúvida ainda houvesse, odeio mudança. Detesto a incerteza que acarreta e isso explica muito do meu percurso e por outro lado o meu percurso explica em muito esta aversão à mudança. Quando algo me impele à mudança e esta até vem acompanhada de bons indícios, eu hesito, empato, prorrogo, procrastino no medo da incerteza, do "então e como vai ser". Quando simultaneamente à mudança, ocorrem situações desagradáveis inevitavelmente associo uma coisa à outra e essa mudança, que até é boa, fica manchada.

A Lu é fã de mudanças. Segundo uma amiga nossa, complementamo-nos. Ela é a força motriz das mudanças lá em casa. Sem ela, julgo que muitos dos passos que dei/demos, não teriam acontecido. É ela que me empurra quando me petrifico numa posição. Isto nem sempre é pacifico. Muitas vezes resisto mais ou menos firmemente. E lamento a responsabilidade que deposito nela, o peso de ser ela a dar o passo. Às vezes é uma questão de timmings. Ela é e eu sou mais logo.

Mas... ODEIO MUDANÇA.


PS- Sim, provavelmente este post é completamente contraditório com outro que fiz recentemente, mas é fruto de uma certa nostalgia pós e pré mudança e traduz o que intrinsecamente sou.


2009/10/20

Ele há coisas que me dão nervos

... Tecidos stretch é uma delas.

2009/10/19

Remind to (not for) myself

Ó jeitosa... já não estamos em Agosto! E que tal vestir um casaquinho pelas manhãs?

2009/10/16

Estou cansada deste estado deprimente em que nos encontramos. Da crise, das angustias, dos desamores, dos despedimentos na empresa, da incerteza do futuro... parece que entrei numa realidade paralela sombria.

Salvam-me a nossa casa, as minhas meninas... mas há dias que é mesmo difícil puxarem-me para cima.

2009/10/15

Inquietação

Longas as vésperas de te ver,
Morro a cada pestanejo do teu olhar.
Anseio ao teu toque me perder,
Sem ter, sequer, coragem de te tocar.

Quero ouvir-te, comer, beber
das tuas palavras até me embriagar.
Corro atrasada, louca sem saber,
que me empato, para não lá chegar.

Esta foi a minha maravilhosa vida,
no eterno compasso de espera,
do enamoramento, lembras-te querida?

No tempo em que o encanto se deu,
Em que o meu corpo ainda era
E o teu corpo não era meu!

Lu, 15-10-09

Não consigo sequer traduzir o que é acordar e ver este poema na mesa de cabeceira, escrito enquanto dormia. Nem sei se consigo traduzir o Amor que por ela sinto, fico pequena perante estas palavras. Só sei que a AMO.

2009/09/28

A essência da mensagem do estado como um bem público

Hoje o Google comemora o aniversário de nascimento de Confúcio, 551 a.C.
Curioso... a idade da mensagem e como é oportuna após este domingo de eleições legislativas.

2009/09/17

Tia Serotonina, olha só o teu trabalho facilitado. Ela vai ver este clip ao pequeno almoço e jantar.Dá-lhe 1 semana para dizer Abelharuco correctamente.

PS- Este video foi gentileza da Tia Electroesteta.

2009/09/16

AI CA NERBOS!!!

Se isto é agora, quero ver quando for as provas para entrada na universidade.
Oh filha, tu porta-te bem hoje, ok?

PARABÉNS Electroesteta!!!

Depois de abraçares a nossa filha como se tua sobrinha de sangue se tratasse, é hora finalmente de teres o teu sobrinho. Parabéns Tia, muitas felicidades para o começo desta vida.
Dedico ao teu miúdo esta música, não porque lhe queira impingir o Sporting... já sei que é do Benfica, mas porque sei que lhe vais cantar, mais dia menos dia:
"Gosto muito de te ver, Lea_ni_to!" ;)

2009/09/14

Felling...

GRUMPFT
Segundo a lr:
Reuniões da Tupperware já eram! O que está a dar agora é reuniões de massagens de relaxamento a 4 e seis mãos, reiki, com cházinho de menta no fim.

Se aquela mesa da sala pensasse, não quero imaginar o que lhe iria pela cabeça...

2009/09/13

A esta hora da noite ainda trabalho. Não esta música não é por isso, até que estou bem disposta, apesar de cansada e com sono. Este trabalho é para meu proveito, portanto quem corre por gosto não se cansa, right?! Vamos acreditar que sim, BOA? Ah, a música... sim, a respeito da música da grafinola deste estaminé, ia mijando de tanto rir ao ouvir agora mesmo a letra, e pensei que deveria ter esta música em repeat lá no trabalho, em certos dias. Estão a ver? Estilo aviso "stay out, for the love of God".

  1. Branka de Neve, estás a ver a minha doçura?
  2. Está visto que gosto mesmo dos Get Set Go. Conheci-os através da banda sonora da Anatomia de Grey, e adoro as músicas, particularmente "I hate everyone". Aliás, esta oiço em repeat e muitas vezes até me pedem para a pôr a bombar lá no trabalho.
  3. Se o sacana do Imeen me põe novamente a musica como sample de 30 seg, então é que eu lhe digo "Die Motherfucker die".

2009/09/08

Há uns tempos atrás falávamos com umas amigas acerca do(s) segredo(s) para o sucesso de uma relação. Como disse na altura, é minha convicção que isso passa muito por terem objectivos coincidentes ou semelhantes (para além de todas as outras coisas óbvias, como o amor). Mais ainda, introduzir pequenas mudanças de quando em quando, seja de rotina, decoração da casa... (já nem falo a um nível mais intimo, que é bem sabido que é posto em perigo se se tornar rotineiro) pode trazer novo alento à relação. Um brinde pois, aos objectivos comuns e à mudança.

2009/09/07

É lógico!

O frigorífico lá de casa avariou-se. Esta tarde vieram trazer um frigorífico novo e levar o velho.
A Maria assistiu ao aparato todo no colo da Lu. Dois homens numa azáfama;sai o frigorífico velho, entra o frigorífico novo...
No fim a Maria diz calmamente: "Mau!".
-"Não filha, não são maus, são os senhores."- respondo eu.
-"Mau."- insiste ela.
-"Não são, são os senhores"- volto a insistir.
-"A papa?"

Pronto! Está claro que os senhores são maus! Levaram o frigorífico onde se guardavam os iogurtes e deixaram-nos outro vazio e que permanece desligado (apenas por mais algumas horas, claro)!!! MAUS!

2009/09/01

Por favor chamem o exorcista

De volta, cheias de mimo!

A Maria deu um pulo. Já tem grandes conversas, faz valer a sua vontade, tem as suas teimosias (dedo espetado no ar e diz não não não, com ar de reprovação). Conheceu ovelhas, caracóis, galinhas, coelhos e cachorrinhos bebés. Foi ao rabisco de pêras com a tia Alguém. Dava pequenos guinchos de satisfação quando acordava e via que estávamos a dormir na cama ao lado dizendo "Ah mamã!" como quem diz: Estás aí, que bom! Cantarola canções nas viagens e de manhã ao acordar "Memé, memé, memé, memé..." num letra muito complicada de aprender. Pede "MAISSSS"! Mais papa, mais água, mais leite pela manhã, mais cócegas, mais estrafego com a tia Alguém, mais histórinhas, mais beijinhos, mais bolinhas de pastilha elástica que a tia Neva faz para ela, mais tudo, mais festinhas aos cães, mais pulseiras, aneis das tias Neva, ME e Maria Carolina (a grande) . Maisssss portanto. Gosta do número quatro que chama de "tato". Este número encerra um sem número de coisas boas como: saltar em cima da cama, ou dar pulos na mini-piscina insuflável, pular os passeios pelas nossas mãos, ser atirada ao ar. "Tato mamã?" Sim filhota: um, doiiiiis, trêeeeeees... QUATRO!!! E salta!

Se já não soubesse, por esta altura não tinha como negar. Somos umas sortudas. Por todas as razões e mais esta: temos amigas que nos dão, que se dão, que nos alojam nos seus corações. Abrem as portas da casa, do coração e dão, dão, dão. E na despedida, fica sempre uma sensação de ter sabido a pouco. Seja por um dia, por uma semana, ou por uma noite.

Tenho pena que as férias tenham acabado. Porque vou ter saudades destas pessoas que nos rechearam as férias. E vou ter saudades de todos os minutos que não tenho a Maria ao pé de mim.