- "Life is what happens to you while you're busy making other plans."
PS- Está tudo bem com a Lu e a Maria
Há dias passeávamos no Forum Algarve quando já quase de partida a Lu me agarra pelo braço, encosta a cabeça no ombro e suplica em tom de mimo:”Vamos ao Imaginariuuum” e eu “Claro que sim!” e vá de olhinhos… e PIMBAS, lá vem de frente a nossa senhora da padaria, de mão dada com o marido, toda ela sorrisos… embevecidos. Pois é, esta senhora é um amor, e trata-nos sempre tão bem! Nunca nos deixa comprar pão repetido (ou seja quando uma de nós já passou na padaria, avisa a outra, “vizinha, olhe que hoje já não precisa…”). Quando deu conta que a Lu estava grávida, redobrou a simpatia se tal é possível “lá vem a minha gordinha favorita”.
“No bairro do Amor, lalalala…” Lá esboçamos um sorriso e um boa noite, e depois já uns passos mais adiante “Fomos caçadas!” “Yep baby! Big time!!!”
Há uns 8 anos, recebi um presente. A minha Lu fez-me uma boneca de pano. Esta boneca, mais concretamente. Quando digo fez, digo fez mesmo. Fez o enchimento, escolheu os tecidos, costurou, pintou a cara, fez as tranças de lã, enfim tudo. Fiquei embevecida, com aquela prova de amor. Todo o trabalho que teve, e saber que durante todo o tempo em que a fez, pensava
Antes mesmo de sabermos que a Lu estava grávida, já vínhamos pensando acerca do nome que iríamos pôr. Tínhamos uma grande lista de nomes para menina. Para menino é que estava mais difícil. Um dia chegámos a acordo: irá chamar-se Maria Carolina. Quando conhecemos esta Maria Carolina, o nosso olhinho brilhou quando lhe soubemos o nome. Ficou-nos no ouvido. Este nome redondinho, lembra-nos coisas boas, faz-nos sentir ternura como aliás esta Maria Carolina tão bonita e carinhosa nos faz sentir sempre.
Assim, está feita a apresentação. Andava à que tempos conto-não conto e eis que surge a aNa e pimbas, resolve-me o problema de uma vez por todas. A minha nova bonequinha vai chamar-se Maria Carolina :)
Falo sempre de que tudo está bem, e como estou feliz, que tudo é um sonho… tudo isto é verdade. Mas sinto também muita apreensão em relação ao futuro. Há várias etapas que são lógicas de imaginar, mas eu sou a gaja que inevitavelmente se delonga nos “e se”. Os “e se” por um lado têm o efeito benéfico de nos preparar para reagir face ao “perigo”, mas por lado têm o efeito maléfico de desperdiçar energias físicas, emocionais, mentais para os “perigos” que afinal de contas são apenas produtos da nossa cabeça. Muitas destas coisas que antecipo, que sinto a preocupação antes mesmo de saber se ela é legítima, muito provavelmente não irão acontecer. Sofro assim acontecimentos antes sequer de estes efectivamente acontecerem.
Às vezes sinto-me simplesmente cansada de estar sempre preparada para a luta. Ou ter que lutar, porque sim, porque a vida é assim. De ter de enfrentar obstáculos difíceis, que outros não têm. De ter algo mais a provar.
A vida é tão difícil. E no entanto como me dizia a minha “Rute” é bom ver que muitos não se acomodam com o que nos dizem que podemos ter, e vão à luta.
E hoje, quando transpomos a porta é isto que vemos.
Dá vontade de deitar no sofá o dia inteiro a sonhar com a nossa bebé!
Às miúdas fixes Alguém, C_mim, Neva, Xanocas que me ajudaram na bricolage e à amiga todo o terreno que é a Lara que ajudou a Lu com a comezaina e demais organização, bem assistidas as duas pela Serotonina, à AnaFlor 74 que bondosamente nos fez jantar quando estava tudo tão roto que só apetecia era a cama, o meu/nosso muito obrigado. Sem a vossa ajuda seria tudo muito mais difícil, e seguramente muito menos divertido.
Tenho vindo a voltar-me para mim mesma, como se regressasse a um casulo. Dou comigo a viajar pelas minhas memórias, recordando dos mais ínfimos pormenores da minha infância. Consigo-me lembrar de coisas desde os 2 anos, como pude confirmar com a minha mãe, ao contar-lhe os episódios de que me recordo.
Lembro-me da minha mãe sempre apressada, sempre a fugir, a caminhar a passos largos para ir levar o almoço ao meu pai, e eu a seu lado tinha de correr. A cada passada rápida dela, eu tinha que dar 4. Talvez daí que o sprint tenha sido o meu forte em Atletismo, em oposição ao endurance.
Lembro-me de pensar nas coisas, nos objectos, como hoje já não sei pensar. De tudo claramente entrar-me pelos olhos dentro. De brincar debaixo da mesa da sala, que num ápice se transformava
Cantava sempre, lengalengas sem sentido, ou jingles comerciais, ou aqueles tops, que todos os trintões bem conhecem. As músicas a sério, cantava escondida pois tinha vergonha. Encontravam-me sempre escondida agarrada à ficha do ferro de engomar. Calava-me abruptamente, como se tivesse a cometer um pecado e ninguém arrancava mais um pio meu. As lengalengas, produzidas na loucura da brincadeira, essas eram ostensivamente expostas, deixando a minha mãe louca “NINA dá-me 2 minutos de DESCANSO!”
Lembro-me de andar de roda do meu pai quando ele andava a fazer as suas engenhocas e orgulhosamente me chamava a sua “servente”. E de cirandar em torno da minha mãe quando havia forno quente, pois depois do pão, já sabia que era um bolo, e antes de entrar no forno, ia tocar-me a mim raspar a tigela da massa.
Lembro-me de tudo isso e muito mais e penso na minha filhota. Consigo olhar para a minha casa, e penso conseguir adivinhar o seu olhar, a esventrar tudo, a esmiuçar o porquê das coisas. E hoje consigo imaginar a minha filhota, a também ela ter os meus pais como avós, a aprender tanto com eles.
Do topo dos seus 80 anos, os pais ficaram felizes quando há apenas 2 semanas lhes dissemos que a Lu está grávida. “Olha uma neta!” Do topo dos seus 80 anos, confirmaram-me que sabiam que não somos apenas amigas e “queremos é que sejam felizes”. Uma prova de amor, tolerância, cuja falta me pesava no peito. Agora sinto-me mais leve. Numa palavra: reconciliada. Tenho muito orgulho deles.
Já vai tanto tempo desde que aqui escrevi, e tanta coisa se passou! Passado dia 12 foi a ecografia morfológica das 20 semanas. Fizemos a ecografia 4D e fomos apresentadas à nossa filhota, live from inside Lu. A pimpolha estava pendurada de cabeça para baixo, bem aninhada de ladecos de encontro à mãe. Portanto, de costas para o mundo. Foi difícil de convencer a mostrar a cara, pois tinha sempre a mão esquerda fechada de encontro à cara. Continuo a pensar que temos uma chuchadora. Lá conseguimos ver-lhe a carinha. Laroca por sinal, mas eu sou parcial. Ainda é magrinha. É caso para dizer que é pele e osso, mas já se vê tudo, nariz, olhos, orelha, maças do rosto, lábios. Do que vejo fico feliz, sai à mãe! Os lábios grossos, nota-se, como que a dizer marca registada ®. As maças do rosto também são como as da Lu. Num momento, faz nitidamente uma birra: esfrega a cara, nariz como se tivesse impertinente para dormir, vira a cara e tapa a cabeça com o braço como que a dizer: deixem-me da mão, quero estar sossegada!
A nossa filhota é linda, e encontro-me definitivamente apaixonada por ela. À noite, antes de dormirmos, a mamã Lu deixa-nos brincar um bocadinho. Fico ali a falar com ela, a dar-lhe beijinhos, e a sentir os pontapés que já se fazem sentir. Está quase sempre do mesmo lado: do lado esquerdo. Às vezes encosto o ouvido à barriga e fico a tentar ouvir. Tento distinguir os sons da mamã, dos que faz a filhota nas suas cambalhotas.
Queria muito ter uma janelinha para a ver todos os dias.
Há alguns meses atrás (mais ou menos por volta da mesma altura em que nos propusemos voltar a fazer a última inseminação) uma colega de uma amiga nossa, que não nos conhecia de lado nenhum senão de aparecermos na loja onde ambas trabalham para visitar a nossa amiga, sonhou que estava um dia na praia e que nos vê a vir na direcção dela e que a Lu trazia um grande barrigão. Assim, do nada, sem saber que éramos um casal, nem tão-pouco os planos que tínhamos de engravidar.
Na altura em que fizemos a inseminação a Sheena disse que sonhou que tínhamos uma menina.
Ambos os sonhos se concretizaram. Quer dizer o primeiro para ser inteiramente verdade temos que marcar uma ida à praia com a colega adivinhona, pois não se pode perder uma oportunidade de recriar um sonho por completo.
Hoje no meio de um telefonema de trabalho, disse em jeito de galhofa a um colega meu:
- Ó gajo, tu estás para ter algum bebé?
- Então porquê?
- Porque esta já é a segunda noite consecutiva em que sonho contigo e com um bebé, um menino teu.
- Olha, estou todo arrepiado… sabes o problema que a Lu teve? Nós tivemos 2 no espaço de 6 meses… cada vez que vejo um puto até babo… não sei se agora devo dar um tempo para relaxar…
Arrepiada fiquei também e disse-lhe que sim, que devia tirar isso do sistema, viver a vida, namorar muito, fazer todas as loucuras que ainda tem tempo para fazer… que gozasse da vantagem que eles têm sobre nós, i.e. poderem engravidar por acidente (a nossa não há como tirar do pensamento, é tudo muito planeado). Quem sabe no meio disso, uma surpresa chegasse.
Às vezes esta coisa dos sonhos, é uma cena curiosa…
Continuo a achar muito injusto que qualquer pessoa possa parir de qualquer forma uma criança, para crescer muitas vezes aos trambolhões, para ser abusada, enfim... e que outros, que tanto querem ter o seu beija-flor, que tenham que sofrer tanto até conseguir.
Já quis postar várias vezes, mas ora a falta de tempo, ora o cansaço, ora a falta de inspiração… enfim… não sei se terão paciência para ler isto tudo, mas precisava de partilhar e acho que é importante que conheçam esta situação até para prevenir futuros casos.
Tivemos mais um revez. Mas para explicar isto como deve de ser, tenho que voltar ao tema do último post: a consulta relâmpago.
Nessa consulta, uma das coisas que a médica perguntou de chofre foi “Já fez amniocentese?” Ficamos com cara de parva a olhar para ela, pois ela nunca tinha referido tal coisa. “Não…era suposto? A Drª nunca me disse nada a este respeito” A senhora baixa os olhos e continua como se nada fosse: “Vamos esperar pelo resultado do rastreio. “.
O resultado do rastreio veio ontem. Veio positivo, no sentido de que era necessário fazer a amniocentese. Ficámos logo aflitas, mas na clínica das análises explicaram-nos que o resultado é sempre positivo em casos em que tenha havido uma interrupção da gravidez, com base na deficiência do feto (tubo neural). Ou seja, fosse qual fosse o caso resultado do rastreio, a Lu teria sempre que fazer amniocentese. Não era preciso esperar pelos resultados do rastreio. A amniocentese costuma-se fazer entre as 15 e 20 semanas. Logo, pergunto-me o que a Sª Doutora pensou, para deixar o tempo passar assim, e chegar quase no limite do prazo. Juntando a conversa do início deste post, com os factos que nos foram explicados pela clínica das análises, conclui que o problema não foi o que lhe passou pela cabeça, mas sim o que NÃO lhe passou pela cabeça. A Sª esqueceu-se, facto que não admira dado a duração das consultas.
Após lhe mostrarmos o resultado do rastreio e questionarmos se ela desconhecia que o resultado iria sempre ser positivo dado os antecedentes clínicos da Lu (a resposta da médica foi insatisfatória) ela passou a credencial para irmos fazer a amniocentese. Esta foi marcada logo para o dia seguinte (hoje). Fomos logo pela manhã, com alguma ansiedade, por temer que o bebé tivesse algum problema e por temer que a amniocentese pudesse prejudicar o bebé. Ficámos um pouco mais tranquilas, porque tivemos oportunidade de ver o bebé um pouco melhor, se bem que também não tivemos muito tempo para ver tudo, dado que a eco estava ser feita apenas com o objectivo de monitorizar o ponto de entrada da agulha que estava a perfurar o saco vitelino para retirar um pouco do liquido amniótico. Apesar do comprimento da agulha, que era enorme e fina, a Lu diz que não lhe doeu absolutamente nada. Graças a Deus.
Agora a Lu tem que estar em casa, em repouso, por 4 dias. Eu trouxe o trabalho para casa, e estou aqui com ela também. Para a semana iremos receber um dos resultados (foi pedido dois exames, um dos quais contém os resultados que são mais rápidos de obter e que deverá chegar na terça-feira e o outro completo, que demora cerca de 10-15 dias a chegar.
Quando já estávamos em casa, tivemos outro sobressalto: ao chegar a casa, a Lu leu num livro sobre gravidez que após a amniocentese, as grávidas com Rh- têm que levar uma “vacina” que, caso haja contacto entre os sangues materno e do bebé, e caso o bebé tenha Rh+ , evitar que os anticorpos maternos combatam o bebé. Esta vacina tem de ser dada num prazo até 3 dias após a amniocentese. A médica passou a credencial mas não disse nada acerca da vacina.
Foi a gota de água. O nosso médico de família tinha aconselhado dar mais uma oportunidade à médica, chamá-la à atenção caso se repetisse o caso da consulta a despachar, mas depois destas situações todas está mais que decidido. A Lu só volta
àquele consultório para dizer à médica que não irá continuar a ser seguida por ela. Já temos outra recomendação, e vamos tentar a sugestão de uma amiga.
Foram dois dias de angústia e de revolta, que felizmente terminaram com a Lu a ser atendida no Centro de Saúde, a levar a vacina, enquanto era tranquilizada pelo nosso Doutor que felizmente, ele sim é um grande profissional e mais que isso: é humano, caloroso. Até eu vim de lá mais bem disposta.
Já na outra gravidez tínhamos tido um alerta, mas decidimos fechar os olhos, por achar que talvez não fosse tão importante quanto isso: a médica não nos disse que era suposto a Lu começar a tomar Folicil (ácido fólico) algumas semanas antes de tentar a inseminação e continuar a tomar durante toda a gravidez. Apenas nos disse já ela estava no 2ª mês, e foi com o mesmo estilo com que nos perguntou se já tínhamos feito a amniocentese por ordem do Espírito Santo: “Já está a tomar o Folicil, não é verdade?” O ácido fólico tem um papel importante no desenvolvimento do tubo neural, justamente o problema que o nosso bebé teve. Coincidência? Vamos pensar que sim, senão a vida vai tornar-se demasiado amarga.
Qual a lição? Nem sempre os médicos sabem o que fazem. Convém ter um espírito crítico e informado, como aliás em todos os aspectos da nossa vida. Querem mais outra lição? O particular não é forçosamente melhor que o público: privado, 5 min de consulta a 130€ (consulta+ ecografia relâmpago) versus 45 minutos, com toda a calma e atenção.
Agora temos que esperar o resultado da amniocentese, e rezar até lá que esteja tudo bem com o nosso bebé.
Hoje foi consulta com a obstetra. Lá fui eu pela primeira vez, as outras ecos foram com outros médicos. 17 semanas e meia, e muita ansiedade em saber se continua tudo bem e se é menino ou menina.
Só sei dizer que a Lu mal teve tempo para se deitar na marquesa, esteve lá 2 minutos, eu mal consegui ver o bebé no monitor, quanto mais a Lu que estava de lado. “Já tá, pode vestir-se”. Trazemos duas míseras fotos, uma da cabeça vista de cima e outra de algo que nem tão-pouco se consegue descortinar o que é. Não ouvimos o batimento cardíaco do nosso bebé, e quanto ao sexo “Acho que é uma menina, acho, acho, mas não dou a certeza.” Assim tudo muito frio, muito “Vá lá despacha-te que hoje quero sair cedo e tenho que despachar toda a gente.”
A “senhora” doutora cobra 130€, consulta + eco e até para o mês que vem.
Resultado, vamos mudar de obsTRETA, perdão, obstetra.
Diz que está tudo bem com o bebé, mas realmente neste ponto sentimos uma grande insegurança pelo modo como vimos isto conduzido, a ponto de não conseguir fazer caso do que ela diz. Vamos apenas acreditar que é menina ou menino, quando repetirmos a eco, desta vez com alguém mais dedicado.
Semana passada foi a eco das 12 semanas. Foi a primeira eco que assisti desta gravidez. Gostava de conseguir traduzir o que senti, mas as palavras falham. Que dizer quando após semanas de expectativa e de ver fotos de um ponto, ou de uma mancha, finalmente se vê um BEBÉ! Um bebé que se mexe, que olhando para ele se consegue adivinhar teimosias “Vá lá, sai lá dessa posição par podermos medir isto”, um bebé que já chucha no dedo (pareceu-nos).
Ouvimos o coração bater, a 166 bpm. O meu bateu quase tão rápido nesse momento.
Não sabemos se é menino ou menina, mas já sabemos que o amamos muito, já sabemos onde ele gosta mais de se aconchegar, e que está tudo bem com ele.
Esta foto foi da eco das 13 semanas, feita esta segunda-feira no Centro de Saúde. Surpreendentemente a eco durou mais tempo: 1h versus 30min no particular. Surpreendentemente é de melhor qualidade. Até já lhe consigo adivinhar feições: tem os lábios iguais aos da mãe.
Tem 13 semanas, o coração bate a 153 bpm e mede 7, 97cm.
Querida aNa,
Hoje escrevo-te com atraso de um dia, parece-me. Quero no entanto desejar que tenhas passado um bom dia de anos, e que estejas a curtir os
Este é o meu presente de hoje para ti. Para tu subires ao alto e assim conseguires vislumbrar de mais perto a tua Angola, e tudo o que se perde de vista. E porque os faróis orientam barcos perdidos e eu de alguma forma me sinto orientada por ti e pela Maria.
O outro presente dou-te no sábado. Beijos enormes.
Pois é minhas amigas e amigas e amigos, é desta que vamos enriquecer à fartazana, pois como toda a gente já sabe, Kunami é upa upa, puxadote.
Se for vasculhar como deve de ser no frigorífico, acho que ainda consigo achar um farfalhi que é um espectáaaaaaaaaaculo.
O agregado familiar aumentou. A Sheena achou por bem dar-nos dois peixinhos, pois diz que dá sorte para o bebé. Assim já temos os novos hóspedes instalados. São lindos de morrer!
Quem achou muuuuuuuuuita piada foi o Capuccino e Compª. Têm passado a noite de olhos vidrados no aquário. Isto vai ser lindo. Quando os batizarmos avisamos para poderem mandar prendas.
Ontem foi dia para mais uma ecografia. O nosso bebé, está mais crescido: mede 2,7cm e tem 9 semanas e 5 dias :) Do lado esquerdo, a parte mais gordinha é a cabeça, e do lado direito a parte mais fininha são as pernas. Tudo prossegue bem :) Reparando bem, está parecido com o bonequinho ali ao lado. :9
A Srª Doutora tranquilizou-nos relativamente a várias coisas: os vegetais crus têm de ser desinfectados em água e vinagre por um bocadinho, mas também não há que cair no exagero que me diziam há uns dias atrás: que se tinha que colocar de molho em água e vinagre durante uma hora!!! Cuidado também com os enchidos não cozinhados: fiambre, chouriço, presunto… e carnes mal passadas. Tudo isto devido ao risco de transmissão de toxoplasmose, à qual a Lu não está imune.
Se eu hoje pudesse encontrar a Nina de há 10 anos atrás, dizia-lhe:
Não tenhas medo! Este beijo na madrugada, não é um castigo dos céus: é uma dádiva. O futuro não será uma cruz de sofrimentos, mas antes de bênções. Não, não vai ser sempre fácil, mas daí… também nunca seria de qualquer forma. Não temas por ti: acabaste de ser salva, e não de te perder. Não temas por ela, tu vais conseguir fazê-la feliz. Acabaste de descobrir o Amor, na sua forma mais sublime. Acabaste de descobrir o TEU Amor, na forma de uma menina cheia de luz, de sorriso fácil, de coração imenso. Juntas terão de travar muitas batalhas, umas mais difíceis que outras. Mas justamente porque estão juntas, conseguirão ultrapassá-las ainda que não vençam todas.
Não temas. Sorri. O vosso futuro começa aqui. Sê FELIZ.
Vejam bem este pequeno excerto do filme Amor no Feminino “If These Walls Could Talk
Hoje, após muitas lágrimas, sorrisos, injecções e angustias… o papel das análises sanguíneas apresenta um redondinho 214,3 mUI/mL de Gonadotrofina Coriónica. A Lu está GRÁVIDA de 15 dias. E sabem que mais? Não quero esperar pelos 3 meses para dizer a tod@s. QUERO GRITAR AO MUNDO!!!
Ah, e já me esquecia, hoje faço 32 anos :)
A propósito deste post da Serotonina, andava cá a bailar na mioleira umas palavrinhas. Vimos recentemente o filme Golfish Memory, cortesia do empréstimo da Serotonina, videoteca de serviço. Para quem não sabe, é um filme da temática lgbt, mas muito mais que isso, é acerca das relações amorosas para qualquer tipo de casal (homo ou hetero). Assim, a moral da história não é que a avozinha não gosta de iogurtes, mas sim que as pessoas têm muitas vezes o seu coração despedaçado por amor, e que afirmam categoricamente que a partir de agora “I don’t do relationships”. A origem etimológica da palavra “relationships” vem do anglo-saxónico “relation” = relações, e “ships” = barco, navio. Ora, estamos portanto a falar do Barco do Amor. Parem lá com a cantoria que não é nada disso que quero dizer. Quero dizer com isso Serotonina, e demais marujas de água doce, que vocês são completamente incoerentes, vós… vis e pérfidas que auto-intitulam marinheiras.
Voltando ao filme referido, ao longo do mesmo só se veio a provar um ponto: não se pode dizer que desta água não beberei, nunca… mas mesmo nunca. O playboy inveterado acaba por apaixonar-se, e todas as personagens que afirmam que dali em diante, em vez de querer saber de mulheres/homens vão mas é arranjar um puppy (cachorro) acabam mas é por arranjar um puppy love que é outra coisa muito diferente e bem melhor (não desfazendo no cachorro). Ou seja, nós humanos realmente temos uma memória de peixinho de aquário no que toca ao Amor. Quando nos despedaçam o coração (ou quando nós próprios despedaçamos o nosso próprio coração) juramos que nunca mais iremos apaixonarmo-nos, mas na realidade isso apenas é verdade até ao momento em que efectivamente voltamo-nos a apaixonar por outra pessoa. O Amor torna-nos deliciosamente senis. Por isto reformulem lá essa frase da seguinte forma: “I don’t do relationships,… until I do”.
PS- Goldfish memory ou memoria de peixinho de aquário: segundo um estudo, boato, mito urbano or whatever, diz-se que os peixinhos de aquário (aqueles laranjinhas) têm memória de apenas 20 segundos.
PS- pronto, aproveitando uma outra insónia, e porque o Visual DNA decidiu não gravar as palavrinhas que escrevi, aqui vai a titulo de legenda:
My Art: preparar algo especial para alguém especial, me gusta!
My Music: leva-me a todo o lado.
My Treat: stress relief
My Landscape: paisagens mediterrâneas, as minhas raízes.
My Freedom: poder passear de mão dada com o amor da minha vida.
My Love: namoro eterno; todos os dias, como o primeiro.
My Gross: Sou o que sou, com falhas e virtudes.
My Like to do: fazer do longe perto, de desconhecidos amigos.
My Exciting free time: conhecer outras paragens, outras culturas (o que gostaria de fazer, e nao o que faço).
My Holiday: de momento são predominantemente cosmopolitas.
My Vice: se houvesse um portátil nesta categoria, seria o que escolheria, mas não há. Este também serve.
My Bedroom: gosto de quartos contemporâneos, mas confortáveis.
My Drink: Ó pois Coca Cola! Água não conta. Assim, antes da cerveja vem a bela da água suja do capitalismo.
Ok, estou prestes a abalar para ir arrancar o meu penúltimo siso. Deveria estar nervosa, mas para quem já arrancou um que estava incluso (deitadinho à moda alentejana) que até fez o meu dentista suar as estopinhas, este deve ser ginja.
De resto há muito que perdi o medo de ir ao dentista. Melhor… aos meus dentistas, que eu tenho um casal a tomar conta dos meus dentinhos. Ambos são brasileiros, e são quase de família. E nem vos digo como é bom, enquanto a broca anda para aqui a esgravatar, ouvir o CD de bossa nova que o meu Dr. tem sempre a tocar, e com o qual muitas vezes faz dueto numa voz grave e profunda. Se a anestesia for suficientemente forte, isto pode muito bem ser melhor que um dia inteiro de trabalho J
No primeiro que arranquei, estava nervosíssima, tipo tábua na cadeira. Após a anestesia, só via o Dr. escarafunchar na minha boca, mas não me apercebi de nada até que ele tira as mãos e eu vejo tudo cheio de sangue. Aí relaxei e pensei, “caramba, se isto não me doeu até agora, também não é agora que me vai começar a doer”.
Após a odisseia, meti na cabeça que não conseguia comer comida de gente, então comprei um stock de papas para bebé e foi do que me alimentei durante UMA SEMANA. A quem me oiça, não repitam isto em casa se sofrem de estômago frágil.
No final dessa semana tive um convite para ir a uns anos num restaurante mexicano. Primeira vez, nunca tinha provado. Chegado lá, começou um corrupio de margaritas de lima, cerveja mexicana (XX e Coronas) e nachos. O que eu sei, é que rapidamente me passaram as dores (à 2ª ou 3ª margarita talvez) e que dei por mim a mastigar valentemente os nachos. Tudo bem, tuuuuuuuuuuudo beeeeeeeeeeeem.
Na manhã seguinte, mais sóbria, ainda procurei em vão os pontos que tinha na boca.
Chegando a Óbidos já ao final da tarde, após outros passeios, fomos fazer o check in. A recepção foi normal, sem a pergunta esperada “Ah, mas não preferem camas separadas?”. Deixamos a bagagem no apartamento e fomos à procura do Petrarum Domus para jantar (obrigada Alguém, pela dica). O jantar foi perfeito, em comida, companhia, ambiente… De seguida passeámos um pouco pelas ruas de Óbidos. A dada altura reparo numa boca de rã* que crescia na beira de um telhado.
Ao mesmo tempo que a fotografo, passa por nós um grupo de pessoas e uma pergunta “Será que já começou o eclipse” Nós não sabíamos de nada, mas nisto olhamos a Lua que estava por detrás da boca de rã, e reparamos que a Lua já tinha uma dentadinha. Testemunhámos assim o eclipse, uma verdadeira surpresa para nós. Há noites de verdadeira magia.
De manhã enquanto nos preparávamos para tomar o pequeno-almoço, sou abordada pela mesma senhora que me tinha atendido ao telefone (e que pelos vistos era a dona). Chama-me pelo nome e pergunta-me em surdina “Fiz bem em mudar-vos de quarto?” Fez bem, fez muito bem” respondi. E lá me fui juntar à Lu, que já se encontrava sentada à mesa, com um sorriso travesso.
Domingo foi o dia de anos da Lu. Foi dia para miminhos, passear, mais miminhos e mais miminhos. Parabéns meu Amor. Neste dia celebro todos os dias que acordo ao teu lado. Amo-te.
*uma planta
O meu mano ontem ofereceu-me um mp3. Dei pulos de contente porque andava a namorar um há já algum tempo, enquanto me convencia que não precisava disso para nada. Melhor ainda, ele acertou na mouche porque este era um dos meus favoritos.
Andei às voltas para pôr a geringonça a funcionar, e após uma eternidade (sejam mansinhas, eu estou doentinha) lá consegui passar as primeiras músicas para o bicho.
Após isto chegou o pior, o momento mais temido: colocar os auriculares nos ouvidos. Parece que os meus pais fizeram tudo muito bem feitinho, mas esqueceram-se de um detalhe nas orelhas: não consigo aguentar phones nelas. Estou a pensar portanto arranjar um arame para prender os ditos nas orelhas.
Your Element is Metal |
Your power colors: white, gold, and silver Your energy: contracting Your season: fall You are persistent (and maybe even a little bit stubborn). If you see something you want, you go for it. You have a lot of strength, and it's difficult to get you down. Very logical, you tend to analyze everything going on in your life. |
Falta-me que escrever…. O único tema que me ocorre de momento... é a gripe das aves e que ao contrário do que falam, ela já se estendeu a território nacional. Consta inclusive que alguns galináceos de grande porte caíram mesmo do poleiro, esborrachando na queda alguns franganotes de aviário. Um verdadeiro problema de saúde pública.
Eu- Ó Amor, olha só para aqui: o cinto não aperta na casa habitual! Eu juro que não engordei de ontem para hoje! Eu acho que estou inchada por causa do período.
Ela- Tu queres ver como deslindo o mistério? Anda cá…Vira-te… VÊS??? Andaste o dia todo com o cinto torcido atrás? O que eras tu sem mim??? Era meias de cada cor e cintos torcidos a toda a hora, não?
Eu- …
Eu cá digo que era muito pouca coisa sem ela, mas que ao menos conservava a cabecinha do dedo inteira. A miúda deu em amoladora de facas, e como resultado, hoje já não bastando a cebola estar a fazer-me chorar as tripas, a faca foi-me ao dedo e zás. Foi tanto sangue que parecia o Kill Bill I. E logo aquele dedinho que eu gosto tanto. E ela… e ela.